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Ferrovia está em alta fora da elite
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é apenas na elite do Paulista
que a ferrovia está em alta.
Clubes com origem nas companhias que espalharam trilhos e
dormentes pelo Estado fazem
bom papel em outras divisões.
Na Segundona, o Nacional da
capital ostenta a quarta melhor
campanha entre os 16 inscritos,
posição que hoje o colocaria com
facilidade nas quartas-de-final.
Fundado pela São Paulo Railway em 1919, levou o nome da
empresa até 1946, quando a concessão acabou e a linha foi nacionalizada. Funcionários da ferrovia administram o clube, que esteve na elite nos anos de ouro da
companhia inglesa, até hoje.
No interior, depois de anos de
decadência, dois clubes ferroviários atravessam bom momento.
Com apenas uma derrota em
sete partidas, o Noroeste de Bauru
caminha firme à fase decisiva da
terceira divisão. Com a mesma
data de fundação que o Corinthians da capital (1º de setembro
de 1910), o clube foi batizado em
homenagem a uma estrada de ferro que servia a região.
Mas o caso mais notório é o da
Ferroviária, fundada por empregados da Estrada de Ferro Araraquarense. Uma das agremiações
mais fortes do interior, especialmente na década de 60, ela entrou
em profunda decadência e tombou para a quarta divisão.
Para se reerguer, o time, com o
apoio da prefeitura -comandada pelo PT-, costurou uma rede
de parcerias. Fazem parte dela o
Atlético-PR, que cede jogadores
para o time de Araraquara, uma
universidade local e ainda duas
grandes empresas.
Em campo, a equipe vai bem,
com vitórias nas duas rodadas
iniciais do campeonato. Na sua
estréia em casa, foram vendidos
mais de 2.000 ingressos, número
não alcançado por praticamente a
metade dos jogos da elite paulista
neste ano.
(PC)
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