São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corinthians tenta encerrar jejuns

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians tenta hoje contra o Grêmio apagar duas marcas negativas que simbolizam a crise enfrentada pelo clube desde o segundo semestre do ano passado.
Em Porto Alegre, às 21h45, os corintianos querem acabar com o jejum de duas vitórias seguidas.
A seqüência de triunfos aconteceu pela última vez em 23 de novembro do ano passado. Na ocasião, a equipe bateu o Guarani por 1 a 0, pelo Brasileiro. Antes, vencera o Goiás, por 2 a 0.
Para alcançar esse feito novamente, o técnico Oswaldo de Oliveira espera que seus atacantes deixem de passar em branco. A última vez que um jogador do ataque marcou um gol foi em 17 de março, na vitória por 2 a 0 sobre o Ferroviário, pela Copa do Brasil, com tentos de Jô e Wilson.
Pior é a situação de Gil, que balançou a rede pela última vez no dia 9 de novembro de 2003, no triunfo diante do Goiás.
O Corinthians terá de bater um rival que ainda não venceu neste Brasileiro. Os gremistas empataram com Flamengo e Juventude.
"Para nós, vai ser difícil conseguir uma seqüência de vitórias porque nosso time está numa fase de afirmação", afirmou Oliveira.
Ele disse não se incomodar com a ineficiência de seus atacantes. Dos quatro gols marcados neste Nacional, nenhum foi deles.
Domingo passado, a vitória por 2 a 1 sobre o Paysandu foi construída com tentos do zagueiro Anderson -artilheiro do time no ano, com quatro gols- e do volante Rincón. Na derrota para a Ponte Preta (3 a 2), o lateral Coelho marcou - o outro foi contra.
Dos 18 gols da equipe em 2004, contando jogos do Paulista, da Copa do Brasil, do Brasileiro e a derrota por 2 a 1 para o Ituano, em amistoso, só quatro foram de atacantes. A participação deles nos gols caiu mais do que pela metade em relação ao ano passado. Em 2003, segundo o Datafolha, eles anotaram 48,1% dos gols. Agora, fizeram somente 22,2%.
Os defensores mais do que dobraram o seu poder de fogo. No ano passado, eles foram os autores de 28,8% dos gols. Em 2004, marcaram até aqui 61,1%.
"Como treinamos o posicionamento dos defensores também no ataque, é normal que eles façam gols. Os atacantes não me preocupam, eles marcaram na Copa do Brasil", declarou Oliveira.


NA TV - Globo, ao vivo, às 21h45 (só para SP)


Texto Anterior: Volante diz que marcará rivais "no cangote"
Próximo Texto: Violência atrapalha corintianos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.