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SONINHA
Será que realmente nós temos a força?
Continuo preocupada
com as declarações de
Luiz Felipe Scolari.
Felipão disse que o Brasil rendeu mais no segundo tempo do
jogo de sábado porque a marcação no esquema 3-5-2 ""arrebentou" os malaios. Há dois problemas aí: 1) achar que a marcação
foi supereficiente (mal dá para
saber, pois o rival era fraquíssimo); 2) pensar que o Brasil soube se aproveitar do cansaço
alheio e contará com isso para
os próximos jogos.
O técnico está seriamente inclinado nessa direção. Ontem
ele concluiu que a seleção brasileira estará melhor em termos
de resistência do que França,
Itália e Argentina: ""Agora estamos subindo na força física, enquanto os favoritos vão estar
arrasados" (pelo fim da temporada européia).
Como Felipão sabe muito
bem que só um volante, um goleiro e no máximo um dos zagueiros (Polga) do time titular
não jogam na Europa, não sei
se ele: a) está tentando mudar
de assunto e parar de falar em
táticas e estratégias; b) quer dar
mais confiança aos jogadores
para que eles se sintam mais
fortes do que os adversários; ou
c) acredita mesmo que nós temos essa vantagem, só pelo fato
de a seleção ter dez jogadores de
linha que atuam no Brasil (sendo que pelo menos sete são reservas e um deles é o Luizão,
ainda lutando com garra, é verdade, para entrar em forma).
Que me desculpe o Paulo Paixão, que deve estar atuando
bem, mas não há de ser o pulmão que nos salvará na Copa.
soninha.folha@uol.com.br
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