São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SONINHA

Será que realmente nós temos a força?

Continuo preocupada com as declarações de Luiz Felipe Scolari.
Felipão disse que o Brasil rendeu mais no segundo tempo do jogo de sábado porque a marcação no esquema 3-5-2 ""arrebentou" os malaios. Há dois problemas aí: 1) achar que a marcação foi supereficiente (mal dá para saber, pois o rival era fraquíssimo); 2) pensar que o Brasil soube se aproveitar do cansaço alheio e contará com isso para os próximos jogos.
O técnico está seriamente inclinado nessa direção. Ontem ele concluiu que a seleção brasileira estará melhor em termos de resistência do que França, Itália e Argentina: ""Agora estamos subindo na força física, enquanto os favoritos vão estar arrasados" (pelo fim da temporada européia).
Como Felipão sabe muito bem que só um volante, um goleiro e no máximo um dos zagueiros (Polga) do time titular não jogam na Europa, não sei se ele: a) está tentando mudar de assunto e parar de falar em táticas e estratégias; b) quer dar mais confiança aos jogadores para que eles se sintam mais fortes do que os adversários; ou c) acredita mesmo que nós temos essa vantagem, só pelo fato de a seleção ter dez jogadores de linha que atuam no Brasil (sendo que pelo menos sete são reservas e um deles é o Luizão, ainda lutando com garra, é verdade, para entrar em forma).
Que me desculpe o Paulo Paixão, que deve estar atuando bem, mas não há de ser o pulmão que nos salvará na Copa.

soninha.folha@uol.com.br



Texto Anterior: Blatter usa projeto para trocar verba por voto
Próximo Texto: José Roberto Torero: Ode ao pingado e ao pão com manteiga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.