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FUTEBOL
Documentário sobre ex-jogador terá versão internacional editada, sem os temas polêmicos do original brasileiro
"Pelé Forever" vai retocar "Pelé Eterno"
FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O longa-metragem "Pelé Eterno", que estréia nos cinemas brasileiros em 25 de junho, terá uma
versão internacional reduzida,
sem incluir alguns dos poucos aspectos espinhosos abordados na
fita pelo ex-jogador.
Segundo o diretor Anibal Massaini Neto, o documentário que
os brasileiros verão, com duas horas de duração, trará uma autocrítica de Pelé sobre sua carreira empresarial. "Ele diz, no filme, que
não foi bem nos negócios. Esse
comentário não vai ter na versão
internacional. No exterior ninguém se interessa por esse assunto", disse Massaini ontem, após
entrevista coletiva em São Paulo
para promover o longa -que em
inglês se chama "Pelé Forever".
Genial com a bola nos pés, Pelé
acumulou fracassos e escândalos
como homem de negócios. Desativou recentemente a empresa de
marketing esportivo Pelé Pro.
Na versão brasileira, o ex-jogador vai ainda reconhecer a paternidade de duas filhas fora do casamento, Sandra Regina e Flávia
Christina. É outro assunto que Pelé evitou por anos e que, por não
ter tanta visibilidade ao redor do
planeta, corre o risco de ser suprimido da versão internacional.
A edição deve deixar a adaptação estrangeira com cerca de 15
minutos a menos que a original.
Pelos cálculos de Massaini e da
United International Pictures,
que fará a distribuição internacional para cinemas (em vídeo e
DVD será distribuído pela Universal Pictures), o filme estréia na
América Latina até o final deste
ano. Europa, EUA e Ásia devem
recebê-lo no início de 2005.
Com roteiro de José Roberto
Torero e texto de Armando Nogueira, "Pelé Eterno" mostra 450
gols dos mais de 1.200 que ele fez.
Dois lances -lendários, mas
dos quais não se encontraram registros- foram reconstituídos
por computação gráfica: o gol
marcado em jogo do Santos contra o Juventus, em 1959, após seqüência de chapéus nos adversários, e outro de 1961, sobre o Fluminense, uma arrancada repleta
de dribles, pelo qual o craque ganharia uma placa no Maracanã.
Alegando que "o cinema é uma
caixinha de surpresas", Massaini
evitou previsões sobre a arrecadação do filme, que tem orçamento
de R$ 6 milhões e deve virar série
de TV em 2006. Mas disse que há
expectativa de, no mercado de
DVD e vídeo, dobrar a vendagem
de 250 mil unidades do fenômeno
"Maria, a Mãe do Filho de Deus",
com o padre Marcelo Rossi.
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