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Copa 2006
Brasil pega maior moleza do Mundial
Com dois amistosos contra times inexpressivos, preparação é a mais fácil entre as 32 equipes que jogarão na Alemanha
Parreira diz que treino é a prioridade, e seleção enfrenta equipe suíça na terça e a Nova Zelândia
no próximo domingo
PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
SÉRGIO RANGEL
EDUARDO VIEIRA DA COSTA
ENVIADOS ESPECIAIS A WEGGIS
A seleção brasileira exagerou. Nenhum dos outros times
que vai disputar a Copa a partir
do próximo dia 9 levou tão a sério a máxima que antes de uma
competição como essa é melhor enfrentar galinhas mortas
para evitar derrotas e crises
desnecessárias.
Entre março e a abertura do
Mundial, o período permitido
pela Fifa para a realização de
amistosos entre times nacionais, o Brasil, que ainda treina
na Suíça com arquibancadas lotadas e um gramado sem condições ideais, não vai fazer nenhum jogo contra um rival que
também vai estar no Mundial.
Só Inglaterra e Suécia estão
na mesma situação, mas tiveram oponentes menos frágeis.
A Rússia, que desafiou o Brasil na gélida Moscou em março,
é hoje a 37ª colocada no ranking da Fifa. Rival com colocação pior entre os amistoso top
dos finalistas do Mundial só teve a Tunísia -a Sérvia, que no
entanto está também na Copa e
é temida por muitos.
A Nova Zelândia, adversário
no último amistoso antes da estréia na Copa, é a 118ª.
O Brasil ainda vai fazer, contra um time suíço, um jogo não
reconhecido pela Fifa.
"Nossa prioridade é treinar e
não jogar", disse o técnico Carlos Alberto Parreira, que vai encontrar na primeira fase adversários que optaram por preparações bem diferentes.
Croácia, Japão e Austrália estão entre os times que apostaram em rivais que também vão
estar na próxima Copa do
Mundo para se aquecerem.
Os europeus, adversários dos
brasileiros na estréia, foram os
mais radicais nessa tática.
Enquanto o Brasil vai para a
Copa com três jogos diante de
times fracos, os croatas vão somar cinco partidas, sendo que
quatro com times que vão estar
também na Alemanha e dois
deles contra equipes de primeira linha (Argentina e Espanha).
No mesmo dia em que o Brasil pega um clube suíço, o Japão
vai enfrentar a Alemanha. A
Austrália se despediu do seu
torcedor enfrentando a Grécia,
campeã européia, e ainda vai
pegar a Holanda, já na Europa.
Antes dos amistosos, o Brasil
faz um aquecimento morno em
Weggis. Com treinos curtos
(ontem os titulares venceram
os reservas por 4 a 1 e hoje há
um jogo-treino contra um time
formado por juvenis e juniores), o Brasil tenta driblar o gramado fofo -culpa da chuva que
cai dia sim dia não. Com ingressos vendidos para todas as partidas e práticas exibidas ao vivo
pela TV e internet, treinar jogadas ensaiadas nem pensar.
Os amistosos do Brasil em
2006 antes da Copa passam por
interesses dos patrocinadores
da CBF. O jogo contra a Rússia
era o que a AmBev tem direito a
marcar em cada temporada. Os
duelos contra o Lucerna e a Nova Zelândia serão explorados
pela Kentaro, a agência que
trouxe o time para Weggis.
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