São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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Flu testa grandiosidade do Boca

Em Libertadores, time carioca tem um décimo dos pontos e dos jogos do rival de hoje pela semifinal

Na Argentina, jogadores e técnico do Fluminense se dizem grandes e fortes ao lembrar que eliminaram o São Paulo, um dos favoritos

Marcos Brindicci/Reuters
Herói do Fluminense na classificação da equipe para as semifinais da Taça Libertadores, Washington chuta no estádio do Racing, observado por Luis Alberto

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Até o início do confronto pelas semifinais, hoje, a trajetória do Fluminense na Libertadores representa cerca de um décimo do que a do Boca Juniors. Ou seja, a equipe argentina ostenta currículo com nove vezes mais partidas e pontos do que o rival brasileiro na competição.
Mesmo diante dos números, os jogadores do time do Rio de Janeiro não adotaram postura humilde. Pelo contrário: suas declarações apontam a grandeza e força do time, com a capacidade de superar favoritos.
Todas essas afirmações serão colocadas em teste hoje no estádio do Racing, em Avellaneda, no jogo de ida das semifinais -a Bombonera foi interditada pela Conmebol no torneio.
Antes dessa partida, o Fluminense soma 37 pontos em 22 jogos de Libertadores. A maior parte dessa trajetória -22 pontos, em dez partidas- foi construída nesta edição. Antes, o clube carioca amargara duas eliminações na primeira fase.
Já o Boca Juniors apresenta o cartel de 384 pontos em 210 jogos. É sua 21ª Libertadores, na qual pode ganhar o sétimo título, que o igualaria ao maior vencedor, o Independiente.
Assim, sobraram perguntas aos tricolores sobre o favoritismo do adversário. Até porque, entre os atletas do Boca, só o São Paulo era apontado como oponente de respeito. "O Boca é um grande time, mas o Fluminense também é", disse o técnico Renato Gaúcho, que alfinetou o rival. "Tem que lembrar que eles [Boca] entraram pela porta de trás. Conseguiram a classificação na última partida. Nós fomos os melhores [da fase de grupos desta Libertadores]."
Assim como Renato, os atletas lembraram que o São Paulo era favorito nas quartas-de-final, mas foi batido por eles.
"O Fluminense também é forte e precisa ser respeitado", disse o zagueiro Thiago Silva.
Entre os jogadores do Boca, não há resposta, mas a tradição na Libertadores é lembrada. "Aqui temos jogadores de experiência, que passaram várias vezes por essas instâncias", recordou o volante Battaglia.
Desde 1991 o Boca não é eliminado em uma semifinal de Libertadores. E o Santos de Pelé, em 1963, foi o único brasileiro a eliminar o clube em uma mata-mata da competição.
O Fluminense, contra argentinos na Libertadores, soma seis jogos, com quatro derrotas, um empate e uma vitória. Jogará hoje desfalcado do volante Ygor, que sentiu uma fisgada na panturrilha esquerda ontem.
"Se pudermos, vamos simplificar com um bom resultado em casa, mas vamos respeitar o rival porque, por algo, chegou até aqui", pregou o treinador do Boca Juniors, Carlos Ischia.


NA TV - Boca Juniors x Fluminense
Globo (menos para SP) e Sportv (menos para RJ), ao vivo, às 21h50



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