São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Famílias ditam duelo em Durban

Técnico da Holanda resgata genro, e clã Weiss perdura na Eslováquia, agora com pai e filho

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A DURBAN

A Eslováquia fará hoje seu primeiro jogo de mata-mata em Copas do Mundo contra a Holanda, em Durban, às 11h, aproveitando um antigo recurso holandês: a família.
Se a história das Copas se acostumou a ver irmãos Van de Kerkhof (René e Willy), Koeman (Erwin e Ronald) De Boer (Frank, atual assistente técnico da seleção, e Ronald) de laranja, os eslovacos são pautados pela família Weiss.
Vladimir Weiss foi um jogador da antiga Tchecoslováquia, medalha de prata nos Jogos de 1964. Mas Vladimir Weiss também é o técnico atual da Eslováquia. E há um outro Vladimir Weiss, que joga pela seleção hoje e pertence ao Manchester City.
Avô, 70, pai, 45, e filho, 20, formam a linhagem da seleção eslovaca. O mais velho defendeu só a Tchecoslováquia. O do meio defendeu tanto a extinta seleção como a Eslováquia em seus primórdios, como time independente. E o mais novo é uma das esperanças neste batismo em Mundiais do país.
"Esperava que alguém fosse falar sobre tratamento preferencial [ao filho no time], mas isso não tem fundamento. Está claro para todos que existe mérito", declarou o treinador da Eslováquia.
Quem poderia ter dito essa frase é o técnico da Holanda, Bert van Marwijk, que resgatou um parente para a seleção, mas não um qualquer.
Van Bommel, seu genro, não se dava com Marco van Basten, o técnico anterior, e voltou com status à seleção laranja na gestão do sogro.
Espécie de segundo capitão do time holandês (Van Bronckhorst segura a faixa), Van Bommel é um dos jogadores mais elogiados por Van Marwijk nesta Copa: o outro é o também volante De Jong.
Voltando à família Weiss, o jovem eslovaco é um meia- -atacante com fama de individualista. Não é à toa que, na média, ele é o terceiro jogador que mais perdeu bolas na Copa (9,5 por jogo) e também o terceiro que mais driblou (4,5 fintas por partida).
Aliás, pelas estatísticas, a partida de hoje é o duelo entre a equipe que menos perde bolas, a Holanda (25,7 por partida), contra aquela que mais a desperdiça (45,3).
Dois países pequenos da Europa, duas escolas de futebol tão tradicionais quanto diferentes e duas famílias.


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