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Famílias ditam duelo em Durban
Técnico da Holanda resgata genro, e clã Weiss perdura na Eslováquia, agora com pai e filho
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A DURBAN
A Eslováquia fará hoje seu
primeiro jogo de mata-mata
em Copas do Mundo contra a
Holanda, em Durban, às 11h,
aproveitando um antigo recurso holandês: a família.
Se a história das Copas se
acostumou a ver irmãos Van
de Kerkhof (René e Willy),
Koeman (Erwin e Ronald) De
Boer (Frank, atual assistente
técnico da seleção, e Ronald)
de laranja, os eslovacos são
pautados pela família Weiss.
Vladimir Weiss foi um jogador da antiga Tchecoslováquia, medalha de prata
nos Jogos de 1964. Mas Vladimir Weiss também é o técnico atual da Eslováquia. E há
um outro Vladimir Weiss,
que joga pela seleção hoje e
pertence ao Manchester City.
Avô, 70, pai, 45, e filho, 20,
formam a linhagem da seleção eslovaca. O mais velho
defendeu só a Tchecoslováquia. O do meio defendeu
tanto a extinta seleção como
a Eslováquia em seus primórdios, como time independente. E o mais novo é uma das
esperanças neste batismo em
Mundiais do país.
"Esperava que alguém fosse falar sobre tratamento preferencial [ao filho no time],
mas isso não tem fundamento. Está claro para todos que
existe mérito", declarou o
treinador da Eslováquia.
Quem poderia ter dito essa
frase é o técnico da Holanda,
Bert van Marwijk, que resgatou um parente para a seleção, mas não um qualquer.
Van Bommel, seu genro,
não se dava com Marco van
Basten, o técnico anterior, e
voltou com status à seleção
laranja na gestão do sogro.
Espécie de segundo capitão do time holandês (Van
Bronckhorst segura a faixa),
Van Bommel é um dos jogadores mais elogiados por Van
Marwijk nesta Copa: o outro
é o também volante De Jong.
Voltando à família Weiss,
o jovem eslovaco é um meia-
-atacante com fama de individualista. Não é à toa que,
na média, ele é o terceiro jogador que mais perdeu bolas
na Copa (9,5 por jogo) e também o terceiro que mais driblou (4,5 fintas por partida).
Aliás, pelas estatísticas, a
partida de hoje é o duelo entre a equipe que menos perde
bolas, a Holanda (25,7 por
partida), contra aquela que
mais a desperdiça (45,3).
Dois países pequenos da
Europa, duas escolas de futebol tão tradicionais quanto
diferentes e duas famílias.
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