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Gabriella tem marca histórica para mulheres
DA ENVIADA A ROMA
Gabriella Silva teve intoxicação alimentar, quase desmaiou na piscina, por pouco
não perdeu a vaga na semifinal. Quem acompanhou seu
périplo em Roma não apostaria que a atleta atingiria o
melhor resultado feminino
do país na piscina em Mundiais de esportes aquáticos.
Ontem, a nadadora cravou
o recorde sul-americano
(56s94) e terminou em quinto os 100 m borboleta.
O melhor resultado do
Brasil era o oitavo lugar de
Nayara Ribeiro, nos 1.500 m
livre, em 2001. Mas, apesar
de ter feito história, Gabri-
ella, 20, não ficou satisfeita.
Ela acredita que um erro
na chegada a tirou do pódio.
A sueca Sarah Sjostrom,
15, levou o ouro e o recorde
mundial (56s06), Jessicah
Schipper, da Austrália, a prata (56s23), e a chinesa Liuyang Jiao, o bronze (56s86).
A francesa Aurore Mongel
nadou em 56s89. "Não estou
muito feliz porque errei muito minha chegada e sei que
foi isso que me tirou do pódio", disse Gabriella, que
chorou muito ao sair da água.
A brasileira optou por uma
tática ousada. Nadou rápido
desde o início e completou os
50 metros iniciais da prova
na primeira colocação.
"Eu tinha de nadar meus
100% ou não conseguiria
continuar na briga até o final.
E, como sou menor do que
elas, me canso menos", afirmou Gabriella, que mede
1,66 m e pesa 57 kg.
Seu feito compensou um
dia ruim para a equipe do
Brasil. Pela manhã, ninguém
avançou nas eliminatórias
dos 100 m peito feminino e
dos 200 m livre masculino.
Fabíola Molina caiu na semifinal dos 100 m costas, à
tarde. Nicholas Santos, que
havia surpreendido ao chegar à final dos 50 m borboleta, prova para a qual não treinou, foi quinto colocado.
Henrique Barbosa, que
chegou a Roma com o terceiro melhor tempo nos 100 m
peito, decepcionou e ficou
em oitavo, com 59s54, quase
um segundo atrás do campeão, o australiano Brenton
Rickard (58s58).
(ML)
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