São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PINGUE-PONGUE

Caçula diz que tem vida normal e que foi pegar experiência

DO ENVIADO A ATENAS

Nickson Bryan Lomas, 14, é um adolescente normal, que gosta de música, de fast food e de praticar esporte. Sua modalidade favorita são os saltos ornamentais. Ele vai tão bem que ontem defendeu seu país, a Malásia, na prova olímpica da plataforma de 10 m.
Ontem, Lomas não se classificou para a final. Por pouco. Ficou com o 19º lugar -avançaram 18. Mas o mais jovem participante da Olimpíada-2004 (nasceu em 30 de junho de 1990), de 1,38 m e 30 kg, diz que queria pegar experiência.
O atleta carregou a bandeira malaia na abertura dos Jogos e ontem foi muito aplaudido pelos torcedores. (MD)
 

Folha - Você sente algo especial ou diferente em ser o atleta mais jovem desta Olimpíada?
Nickson Bryan Lomas -
Não. Sou um competidor, como outro qualquer. Eu sinto que as pessoas torcem por mim, querem falar comigo. Isso me deixa um pouco nervoso. Eu não quero ser tratado de maneira diferente.

Folha - Por que você escolheu este esporte?
Lomas -
Praticava na escola e fui selecionado pelo meu treinador. Eu comecei a saltar com oito anos, fui selecionado aos dez e competia para valer aos 11. Eu acho que me interessei porque assistia aos saltos pela televisão e admirava o que os atletas faziam. Queria fazer igual.

Folha - Na plataforma, você quase fica escondido entre outros atletas. Seu porte físico não atrapalha sua performance?
Lomas -
Não há nada que eu seja impedido de fazer por causa do meu corpo. Mas eu ainda tenho muito a aprender. O futuro está aberto. Ainda sou novo, mas sei que posso melhorar. Acho que, com 14 anos, é uma grande experiência estar aqui.

Folha - Você teve tempo, nesta preparação, para sair da Vila Olímpica? O que fez?
Lomas -
Meu treinador me levou para jantar na cidade e conhecer alguns pontos turísticos. Mas a maior parte do tempo passei treinando mesmo.

Folha - Como você combina a vida normal de um adolescente, com horário, escola, com a de um atleta olímpico?
Lomas -
Estudo em uma escola esportiva em meu país. Tenho treinos de manhã, vou para a aula, volto para treinar de novo à tarde. Nas horas vagas, gosto de ouvir música, de ler, ver televisão, de comer um hambúrguer, essas coisas. Tudo normal.

Folha - Você já tem um contrato de patrocínio?
Lomas -
Eu participo do programa de esportes da Malásia, que me dá tudo o que eu preciso. Não é minha preocupação.


Texto Anterior: Prodígio dos ringues chama atenção até de ex-campeão
Próximo Texto: Vôlei: Com sobras e contra o maior rival, seleção volta à decisão após 12 anos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.