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PINGUE-PONGUE
Caçula diz que tem vida normal e que foi pegar experiência
DO ENVIADO A ATENAS
Nickson Bryan Lomas, 14, é
um adolescente normal, que
gosta de música, de fast food e
de praticar esporte. Sua modalidade favorita são os saltos ornamentais. Ele vai tão bem que
ontem defendeu seu país, a
Malásia, na prova olímpica da
plataforma de 10 m.
Ontem, Lomas não se classificou para a final. Por pouco.
Ficou com o 19º lugar -avançaram 18. Mas o mais jovem
participante da Olimpíada-2004 (nasceu em 30 de junho
de 1990), de 1,38 m e 30 kg, diz
que queria pegar experiência.
O atleta carregou a bandeira
malaia na abertura dos Jogos e
ontem foi muito aplaudido pelos torcedores.
(MD)
Folha - Você sente algo especial ou diferente
em ser o atleta
mais jovem desta
Olimpíada?
Nickson Bryan
Lomas - Não. Sou
um competidor,
como outro qualquer. Eu sinto que
as pessoas torcem
por mim, querem
falar comigo. Isso
me deixa um pouco nervoso. Eu
não quero ser tratado de maneira
diferente.
Folha - Por que
você escolheu este
esporte?
Lomas - Praticava na escola e fui
selecionado pelo
meu treinador. Eu
comecei a saltar
com oito anos, fui
selecionado aos dez e competia para valer aos 11. Eu acho
que me interessei porque assistia aos saltos pela televisão e
admirava o que os atletas faziam. Queria fazer igual.
Folha - Na plataforma, você
quase fica escondido entre outros atletas. Seu porte físico não
atrapalha sua performance?
Lomas - Não há nada que eu
seja impedido de fazer por
causa do meu corpo. Mas eu
ainda tenho muito a aprender.
O futuro está aberto. Ainda
sou novo, mas sei que posso
melhorar. Acho que, com 14
anos, é uma grande experiência estar aqui.
Folha - Você teve tempo, nesta preparação, para sair da Vila
Olímpica? O que fez?
Lomas - Meu treinador me levou para jantar na cidade e conhecer alguns pontos turísticos. Mas a maior parte do tempo passei treinando mesmo.
Folha - Como você combina a
vida normal de um adolescente,
com horário, escola, com a de
um atleta olímpico?
Lomas - Estudo em uma escola esportiva em meu país.
Tenho treinos de manhã, vou
para a aula, volto para treinar
de novo à tarde. Nas horas vagas, gosto de ouvir música, de
ler, ver televisão, de comer um
hambúrguer, essas coisas. Tudo normal.
Folha - Você já tem um contrato de patrocínio?
Lomas - Eu participo do programa de esportes da Malásia,
que me dá tudo o que eu preciso. Não é minha preocupação.
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