São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006

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Após fiasco, Lula discute promoção com CBB

Técnico pode ser exclusivo de seleção e ministrar cursos

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do fracasso da seleção masculina no Mundial do Japão, o técnico Lula discute com a Confederação Brasileira de Basquete uma promoção.
Comandante do time que ficou em 19º lugar no torneio -a pior posição do Brasil em Mundiais-, ele pode se tornar treinador exclusivo da seleção.
Após deixar o Ribeirão Preto, que fechou o time adulto, Lula recusou dois convites. O primeiro foi para exercer o cargo de coordenador de esportes do COC, que mantinha o time de Ribeirão. Pouco depois, foi assediado para dirigir o Brasília.
"Estou discutindo com a CBB a possibilidade de ser técnico exclusivo [da seleção]. Acho que essa função vai além de dirigir o time. Também posso contribuir no trabalho de capacitação dos técnicos", destacou ontem, no desembarque da seleção, em São Paulo.
Lula teria como atividades dar cursos para treinadores e aumentar o número de publicações sobre basquete no país.
Confirmado por Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB, o treinador não pedirá demissão. "Deixaria o cargo se tivesse tido dificuldade para fazer o que havia proposto. Não é o caso. Tenho boa estrutura."
Os maiores desafios em 2007 são o Pan do Rio -o Brasil busca o tri- e o Pré-Olímpico da Venezuela, que concede duas vagas para Pequim-08. Por ora, o Brasil torce por Argentina e EUA no Mundial -o vencedor no Japão se classifica para a Olimpíada, o que eliminaria um concorrente da América.
Os confrontos das quartas-de-final serão: Argentina x Turquia e Espanha x Lituânia, amanhã; EUA x Alemanha e Grécia x França, na quarta.
Ontem, na chegada do elenco, as explicações para a derrocada em Hamamatsu foram as mais diversas -o Brasil perdeu quatro de suas cinco partidas.
"Os jogadores estranharam um pouco. Esperavam um campeonato forte, mas não tão forte", disse o pivô André Bambu.
Leandrinho reclamou de ter atuado fora de sua posição.
"Gostaria de ter jogado de dois [ala-armador] porque vinha atuando assim [pelo Phoenix]. Mas acabei jogando mais de um [armador]. Não falei sobre isso com o Lula, mas ele sabia da minha preferência."
O treinador rebateu dizendo que "no Phoenix ele desempenha o papel que é melhor para o clube. Na seleção, faz a função que é melhor para a equipe".


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