São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Tensão e calmaria

Palmeiras, em momento delicado dentro e fora de campo, encara o líder Corinthians, que vive estabilidade incomum na sua história recente

Ricardo Nogueira/Folhapress
O volante Ralf controla bola em treino no CT do Corinthians

LUCAS REIS
MARTÍN FERNANDEZ

ENVIADOS ESPECIAIS A PRESIDENTE PRUDENTE

Corinthians e Palmeiras levam a campo hoje, às 16h, em Presidente Prudente, seus momentos políticos e o temperamento de seus técnicos.
Em paz fora das quatro linhas, o alvinegro joga para conquistar o título simbólico de campeão do primeiro turno do Brasileiro. Tem 37 pontos e, se empatar, não pode ser alcançado por ninguém.
O Palmeiras começou a rodada em sexto lugar, com 29 pontos, e em meio a uma guerra política que parece interminável e que frequentemente respinga em seu técnico, Luiz Felipe Scolari.
Embora sempre tenham frequentado a parte de cima da classificação do Nacional, nenhum dos dois times chega em situação confortável para o clássico no interior.
O Corinthians entra pressionado pela derrota para o Figueirense no sábado passado, que o impediu de abrir mais na ponta. Já o Palmeiras tentará aliviar a dor da eliminação que sofreu na quinta, quando caiu ante o Vasco na Copa Sul-Americana.
E precisa da vitória para aplacar a eterna disputa de poder nos bastidores -é notório o descontentamento de Scolari com Roberto Frizzo, o homem forte do futebol.
No Corinthians, Andres Sanchez desfruta de situação incomum na história recente do Corinthians: é um presidente sem oposição forte.
A próxima eleição no Parque São Jorge ainda não tem nem data marcada. Pode ser em fevereiro de 2012 ou em novembro deste ano. Mas já há uma certeza no clube: o candidato indicado por Andres será o vencedor.
Mario Gobbi, ex-diretor de futebol, é por enquanto o pré-candidato oficial, mas tem a concorrência de André Luiz Oliveira, diretor administrativo e amigo de Andres.
Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras, enfrenta situação oposta. Ouve críticas e é frequentemente questionado pelos próprios aliados.
A situação política dos dois clubes se reflete no comportamento de seus treinadores, que por sua vez contamina a forma de jogar dos times.
Tite já disse que trocaria o alto salário que recebe por mais estabilidade, mas não pode reclamar do Corinthians, que não o demitiu após o vexame na Libertadores e a perda do Paulista.
Do outro lado, Luiz Felipe Scolari já falou em sair do Palmeiras mais de uma vez. Brigou com diretores, conselheiros e jogadores. Não estará no banco hoje pois foi suspenso por bater boca com árbitro.
Não é coincidência que de um lado esteja o time mais disciplinado do torneio, o único a não ter um jogador expulso no Brasileiro, e do outro um dos mais violentos.
O Corinthians faz em média 16,4 faltas por jogo e é o quinto time que menos bate. O Palmeiras, com 20 infrações por partida, é o segundo no quesito, atrás do Coritiba.


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