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Copa-2014 transforma CBF em midas da política
Seis anos após as CPIs, entidade é cortejada por todas as esferas de governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O iminente anúncio da Copa
do Mundo de 2014 no Brasil
tornou refém da CBF a cúpula
do mundo político brasileiro.
Se há quase seis anos Ricardo
Teixeira, presidente da entidade, padecia em meio a CPIs no
Congresso, hoje tem trânsito livre no Palácio do Planalto e em
todos os governos do país.
Com pretensões eleitorais
que miram 2008, 2010 e 2014,
os principais líderes da política
brasileira não querem ficar fora
da foto que marcará o evento de
terça, em Zurique. Muito menos da realização do Mundial.
O resultado é a formação de
uma aliança heterodoxa, que
reúne o presidente petista Luiz
Inácio Lula da Silva, os governadores tucanos Aécio Neves
(Minas) e José Serra (São Paulo) e o deputado Ciro Gomes
(PSB), trio sempre lembrado
para a sucessão no Planalto.
A boa relação deles com Teixeira acaba fazendo com que os
parlamentares de Brasília, quase sempre subordinados a "interesses das bases", dispensem
tratamento privilegiado à CBF.
Ao fim da CPI do Futebol, no
Senado, que sugeriu o indiciamento do cartola ao Ministério
Público em dezembro de 2001,
Álvaro Dias (PSDB-PR) comemorou a aprovação do relatório
final dizendo que ele ajudava a
melhorar a imagem da Casa.
Hoje, é a Casa, a reboque dos
governos, que procura ajuda de
Teixeira. É ele quem, desta vez,
dá as cartas. E as sedes.
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