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PORTO ALEGRE
Iugoslávia faz forte "física" e impressiona
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalista gaúcho Jorge
Mendes, 85, dava seus primeiros passos na profissão em
1950. Escalado para pegar as
escalações de Iugoslávia e México para a rádio em que trabalhava, ele logo se impressionou
com o aquecimento dos europeus antes do jogo.
"Naquele tempo, não tinha
reconhecimento de gramado
nem nada. Os iugoslavos chegaram no dia da partida, pela manhã. Antes de a bola rolar, fizeram uma "física" forçadíssima,
que nunca havia sido vista no
Brasil. Depois, voaram em campo e venceram de 4 a 1", lembra
o editor da "Revista Goool".
Para ele, as flexões de pernas
e braços e os piques dos europeus marcaram mais que as jogadas do time. Dos lances memorizados do jogo, cita defesas
do goleiro mexicano Carbajal.
"Ele foi a sensação, mostrando uma elasticidade que não esperávamos. Era o único jogador
mais alto, num time de baixinhos, e evitou derrotas maiores
dos mexicanos."
O país latino não foi destaque
apenas por seu goleiro. Na segunda partida em Porto Alegre,
contra a Suíça, indiretamente
homenageou o público.
México, de grená, e Suíça, de
vermelho, confundiriam o juiz
sueco Ivan Eklind. Houve, então, sorteio para definir quem
poderia vestir suas camisas. Os
mexicanos venceram, mas
abriram mão do direito de jogar
com suas cores.
A solução então foi usar as
camisas do Cruzeiro local, com
listras azuis e brancas. (LF)
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