São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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PORTO ALEGRE

Iugoslávia faz forte "física" e impressiona

DA REPORTAGEM LOCAL

O jornalista gaúcho Jorge Mendes, 85, dava seus primeiros passos na profissão em 1950. Escalado para pegar as escalações de Iugoslávia e México para a rádio em que trabalhava, ele logo se impressionou com o aquecimento dos europeus antes do jogo.
"Naquele tempo, não tinha reconhecimento de gramado nem nada. Os iugoslavos chegaram no dia da partida, pela manhã. Antes de a bola rolar, fizeram uma "física" forçadíssima, que nunca havia sido vista no Brasil. Depois, voaram em campo e venceram de 4 a 1", lembra o editor da "Revista Goool".
Para ele, as flexões de pernas e braços e os piques dos europeus marcaram mais que as jogadas do time. Dos lances memorizados do jogo, cita defesas do goleiro mexicano Carbajal.
"Ele foi a sensação, mostrando uma elasticidade que não esperávamos. Era o único jogador mais alto, num time de baixinhos, e evitou derrotas maiores dos mexicanos."
O país latino não foi destaque apenas por seu goleiro. Na segunda partida em Porto Alegre, contra a Suíça, indiretamente homenageou o público.
México, de grená, e Suíça, de vermelho, confundiriam o juiz sueco Ivan Eklind. Houve, então, sorteio para definir quem poderia vestir suas camisas. Os mexicanos venceram, mas abriram mão do direito de jogar com suas cores.
A solução então foi usar as camisas do Cruzeiro local, com listras azuis e brancas. (LF)

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