São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Farah advoga, cria nelore e evita desafeto

DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC

Eduardo José Farah hoje tem um ritmo de vida bem mais pacato do que aquele que possuía nos 14 anos em que reinou como presidente da FPF.
Afastado do futebol desde agosto de 2003, os dias de Farah, quando está em São Paulo, são sempre iguais. Chega às 11h30 a seu escritório de advocacia em uma das alamedas dos Jardins, bairro nobre de São Paulo e, impreterivelmente às 16h, deixa o local.
Em São Paulo, ele mesmo dirige o seu Ômega preto, blindado, uma vez que não possui mais motorista. Farah mora com sua mulher, Josefina, na casa do Morumbi que adquiriu quando presidia a FPF.
De dois em dois meses, essa rotina é quebrada com a sua ida para a fazenda que possui no município de Barra do Garças (MT). Um avião de carreira o transporta até Goiânia. Daí, um motorista o leva por mais 500 quilômetros de automóvel até lá. São pelo menos sete dias que ele passa no campo, conferindo a sua principal atividade econômica: a criação de gado nelore.
"Já tive 14 mil cabeças. Hoje, estou com 4.000 cabeças, a estiagem este ano foi terrível."
Também costuma ir para o Guarujá, onde tem casa e apartamento. Prefere o apartamento. A casa fica no condomínio de luxo Jardim Acapulco, onde Marco Polo Del Nero também possui residência e costuma reunir a diretoria da FPF para churrascos e jogos de futebol.
Foi Del Nero quem convenceu Farah, quando ainda eram amigos, a ir para o condomínio. Agora evita frequentá-lo e cruzar com aquele que foi seu vice na FPF e se tornou o seu principal desafeto. Tinha vendido seu apartamento no Morro do Maluf, mas o recomprou só para ficar longe das pessoas que pertenceram a seu passado.
"Ulysses Guimarães falava que o poder é afrodisíaco. Não vou ser falso e dizer que não gostava de ser o maestro. Mas o futebol ficou tão complicado e as pessoas que gravitam em torno dele tão desinteressantes que, honestamente, prefiro minha vida hoje", diz. (EA, PG E RP)


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