São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007 |
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CIDA SANTOS Boas-novas
O TIME dela ontem sofreu para derrotar o Brasília pela Superliga. A vitória do Osasco veio só no quinto set, quando a equipe descontou todo o sufoco e arrasou o adversário: 15 a 5. Natália não estava em seus melhores dias. Ficou fora em uma parte do terceiro set, do quarto e só voltou no quinto. Ela também registrou uma pontuação abaixo da média de 14 pontos por jogo. Fez dez. Mas a coluna de hoje é sobre essa atacante de 17 anos, 1,86 m, campeã mundial infanto-juvenil em 2005 e eleita a melhor atleta do mundo na categoria. Agora é a segunda maior pontuadora da Superliga com 127 pontos. Mas afinal, o que mais impressiona em Natália? É uma jogadora que tem um ataque pesado e pega a bola lá no alto. Sua impulsão é de 62 centímetros. No ataque, ela alcança uma bola a 3,10 m do chão, um centímetro a mais do que Ana Moser, a melhor ponteira que o Brasil já teve. E ela vem colhendo elogios. No fim do jogo mais esperado do primeiro turno da Superliga entre Osasco e Rio, disputado há oito dias, o técnico Bernardinho, em entrevista para o canal Sportv, disse que desde Ana Moser não aparecia uma jogadora como ela. O técnico do Osasco, Luizomar de Moura, fala que em bola alta e força, Natália é a que mais se aproxima de Ana Moser. Diz que ela tem bom saque, está evoluindo no bloqueio (chegou a liderar as estatísticas da Superliga), mas precisa melhorar o passe e a leitura do jogo. Normalmente, as ponteiras, junto à líbero, são as responsáveis pela recepção do saque. No Osasco, Natália ainda não participa do passe em todas as passagens. Em algumas posições, a central Valeskinha, que tem boa recepção, assume essa tarefa e Natália fica escondida. Luizomar foi quem descobriu Natália em um Brasileiro, há três anos. Ela jogava por Santa Catarina e no meio-de-rede. Encantado pelo potencial da jogadora, Luizomar a convocou para a seleção infanto-juvenil e o começou a treiná-la ponteira. O técnico também levou Natália para jogar em Campos e depois em Macaé, clubes que dirigiu na época. Nesta temporada, ele assumiu o Osasco e trouxe Natália com ele. "Quando ela foi jogar em Campos, a mãe me mandou uma carta para que eu a tratasse como filha e é assim que a vejo até hoje", diz. Natália atua na diagonal de Paula Pequeno e joga com a camisa dez. Neste ano, deve entrar na lista do técnico José Roberto Guimarães. A disputa na seleção vai ser dura. Terá como concorrentes as quatro atuais ponteiras: Mari, Paula Pequeno, Sassá e Jaqueline. O Osasco é o favorito para fazer a final com o invicto Rio. No duelo dos dois times, a vitória foi das cariocas. Mas o Osasco teve um tropeço inesperado diante do Minas e agora está com o São Caetano coladinho nele. Os dois têm sete vitórias, duas derrotas e brigam pela vice-liderança.
QUE FASE!
QUE TIME!
A MUSA
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