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perigo
Palmeiras se atrapalha e fica por um fio
Time empata em casa contra o Nacional e terá de buscar triunfo ou igualdade com dois gols para seguir na Libertadores
Paulo Whitaker/Reuters
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O meio-campista Diego Souza, autor do gol do Palmeiras, lamenta chance desperdiçada durante o empate contra o Nacional do Uruguai, em partida de ida pelas quartas de final da Libertadores
Palmeiras 1
Nacional 1
RENAN CACIOLI
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Com os nervos à flor da pele,
o Palmeiras abriu o placar.
Com eles no lugar, levou o empate do Nacional e se complicou nas quartas de final da Taça
Libertadores da América.
O resultado no Parque Antarctica obriga os brasileiros a
vencerem o jogo de volta, no dia
17 de junho, em Montevidéu.
Empate sem gols classifica o
conjunto uruguaio. Um resultado igual ao de ontem leva a
decisão para os pênaltis. Igualdade de dois gols em diante
classifica o Palmeiras.
"Não é o resultado que a gente esperava. Mas, da mesma
forma que eles fizeram um gol
aqui, temos condições de marcar lá", disse o goleiro Marcos.
As duas substituições feitas
pelo técnico Vanderlei Luxemburgo antes de 30 minutos de
partida são um dos indícios do
quão horroroso foi o primeiro
tempo do Palmeiras diante de
seus impacientes torcedores.
Torcida que, dois minutos
antes de ser atendida pelo treinador, já gritava por Obina. O
atacante entrou na vaga de
Souza. Marquinhos substituiu
o lateral Fabinho Capixaba.
Luxemburgo, na verdade,
não tinha outra alternativa
vendo uma defesa afoita, que só
rebatia, um meio-campo nulo,
incapaz de armar qualquer trama com mais de três toques, e
um ataque apagado.
O pior é que o Nacional, que
também iniciara o duelo extremamente nervoso, acalmou-se,
tocou a bola e passou a dominar
a equipe anfitriã. Criou, inclusive, as melhores chances de fazer o primeiro gol do jogo.
Pelo alto, um dos pontos fracos da defesa palmeirense, o
perigo se fez presente em dois
escanteios cobrados pelo meia
Lodeiro, o melhor homem do
conjunto uruguaio.
Aos 13min, Coates concluiu o
cruzamento com uma cabeçada no chão, mas Marcos salvou.
Aos 25min, o goleiro brasileiro
só torceu para que a bola desviada por Arismendi passasse
por cima do travessão.
Com as alterações, Luxemburgo buscou fortalecer a saída
de bola do time. Cleiton Xavier,
atuando mais recuado, deu
qualidade ao passe. E impediu o
zagueiro Marcão, que quase levou o seu técnico à loucura com
chutões insistentes, de continuar tentando esse lance.
Obina, apesar de quase não
ter tocado na bola, foi o responsável por iniciar a jogada mais
perigosa do Palmeiras, apenas
aos 41min, que Keirrison desperdiçou ao bater para fora.
"Tem que ter mais paciência,
ter tranquilidade, fazer a bola
girar", pediu o volante Pierre,
no intervalo do confronto.
Quando ainda mostrava sinais de nervosismo, o Palmeiras chegou à vantagem.
Em troca de passes que começou com Cleiton Xavier e
passou por Keirrison, Diego
Souza encheu o pé de fora da
área, contou com a colaboração
do goleiro Muñoz e incendiou o
Parque Antarctica.
Com a bola mais tempo nos
pés, os brasileiros passaram a
administrar o placar e viram o
rival dar sinais de cansaço.
Com a entrada de Jumar no
lugar de Keirrison, Luxemburgo buscou compactar a marcação no meio-campo. Pelo menos, essa era a teoria.
Na prática, o time relaxou e
passou a aceitar a chegada do
Nacional. No único contragolpe que realmente funcionou, os
uruguaios foram mortais.
Aos 36min, Morales enfiou
para Santiago García, que entrara no lugar de Medina. O atacante bateu de primeira, no
canto, e deixou tudo igual.
O Nacional, tricampeão da
Libertadores (1971, 1980 e
1988), ainda não perdeu nesta
edição do campeonato. Ganhou
quatro e empatou três vezes.
A equipe se classificou direto
para as quartas de final beneficiada pela desistência dos times mexicanos devido à polêmica gerada pela gripe suína.
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