São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007 |
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Corpo a corpo Braços, pernas, músculos, malhados, sofríveis, vencedores, derrotados, fora de combate. Comentados e analisados à exaustão nos últimos 17 dias. Você lembra? Giba
Além de ter sido um dos muitos que exibiram tiras pretas de
luto pela tragédia do avião da
TAM em Congonhas, foi neste
braço que o técnico Bernardinho depositou a faixa de capitão e a confiança para comandar a equipe após o corte polêmico do levantador Ricardinho, às vésperas da estréia.
Seis ouros, uma prata e um
bronze foram suficientes para
que o peitoral largo do principal nadador brasileiro da atualidade chamasse a atenção da
torcida. Destaque de um Pan
em que a natação nacional brilhou, seu desafio é mostrar peito para enfrentar o fenômeno
Michael Phelps em Pequim.
O ventre teso, firme, chamou atenção até das revistas masculinas. Ouro no salto com vara, a campineira de voz aguda arrancou suspiros não só com a forma física mas também com a performance e a promessa de que vai tentar desbancar outra musa
do esporte, a russa Yelena Isinbayeva, em Pequim-08.
Magrinhas, como orgulham
os meio-fundistas, suas canelas
foram responsáveis pela vitória
nos 1.500 m, a quebra do recorde pan-americano que durava
12 anos e o 33º ouro do país, que
pôs o Brasil pela primeira vez à
frente de Cuba no quadro de
medalhas. Por horas, o Pan ganhou em rivalidade e sonho.
Descendente de japoneses, é
o brasileiro com mais ouros em
Pans. O mesa-tenista superou o
ex-nadador Gustavo Borges ao
alcançar seu nono primeiro lugar e emocionou ao correr como menino para abraçar o amigo. Despediu-de dos Jogos desejando que Thiago Pereira o
supere em Guadalajarara-2011.
Sem esconder a fragilidade
de seus 16 anos, a carioca mostrou sua decepção ao falhar nas
paralelas assimétricas, o que a
privou do pódio no individual
geral e a levou às lágrimas. Mas
ganhou o ouro no salto e o
bronze no solo num Pan sem
Daiane e, no momento, é a ginasta mais completa do país.
Ali está tatuado "Gigante pela própria natureza". Com uma
silhueta muito mais musculosa
do que a que havia apresentado
anteriormente, a nadadora brasileira conquistou dois ouros
no nado livre (50 m e 100 m) e
uma prata no revezamento 4 x
100 m, despontando como a
melhor velocista nacional.
Na sua especialidade, o salto
em distância, são necessários
explosão e impulsão, e o segredo para ambos está nos músculos bem torneados e desenvolvidos. Maurren Maggi retornou
de olho na medalha pan-americana, e o ouro não teve outra
dona. O Brasil teve motivos de
sobra para vibrar na sua volta.
Foram 12 gols, jogadas de
efeito e a sensação de que só a
seleção feminina consegue reatar a paixão carioca com os times da CBF. Já era a melhor do
mundo, só faltava ser consagrada em seu próprio país. Deixou
suas pegadas na calçada da fama do Maracanã e as melhores
lembranças do futebol no Pan.
Primeiro foi a torção do direito. Depois, o tornozelo esquerdo também fraquejou.
No currículo da primeira negra campeã do mundo na
modalidade, os infortúnios
seguidos fizeram do Rio-07
uma pálida lacuna, com apenas uma prata por equipe.
Nadador que brilhou em
Atenas, deveria dar verniz
olímpico à delegação dos
EUA, mas o que mais chamou a atenção foi uma latinidade irreverente. Nos 50
m ficou sem medalha e viu o
brasileiro César Cielo vencer. Veio a passeio.
Dois punhos que derrotaram um americano favorito
e nocautearam 44 anos de jejum. O baiano conquistou
um ouro emocionante. Medalha valiosa para um esporte em que o Brasil procura
um sucessor para outro baiano, Acelino Freitas, o Popó.
Era apenas um jogo entre
um Brasil favorito e um Uruguai azarão até que Nicolás
Orlando entrou em quadra.
Com 1,69 m e 110 kg, o gordinho fez a festa da torcida galhofeira e virou, sem querer,
o melhor indicativo a respeito do nível técnico do Pan.
Na semifinal da categoria
até 81 kg, o judoca, que conquistou medalha de bronze
em Atenas-2004, tentou evitar uma queda e sofreu uma
lesão que o tirou da corrida
pela medalha de ouro. Agora,
precisará de pelo menos seis
semanas para se recuperar. |
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