São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

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Itaquera, em tese, está pronta

Opção por futuro estádio corintiano na região faz prefeitura diminuir gastos com transporte

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Melhor que Pirituba. Melhor até que o Morumbi. Para a Prefeitura de São Paulo e para o governo do Estado, a decisão de fazer a abertura da Copa do Mundo-2014 em Itaquera foi a mais prática.
A única obra pública necessária para viabilizar o futuro estádio do Corinthians para a abertura da Copa será uma via de ligação entre o local e a avenida Jacu Pêssego, que já estava prevista.
Para o Morumbi era necessária a construção de um monotrilho ligando o estádio às linhas de metrô mais próximas, além de estacionamento e obras viárias.
Em Pirituba, o investimento seria em obras viárias, trem e um monotrilho.
Em Itaquera não será preciso nada. Já há uma linha de metrô em frente ao futuro estádio, embora seja a linha vermelha, a mais lotada do país com 12 passageiros por m2 quando a lotação máxima recomendada é de seis.
A ligação viária com a Jacu Pêssego é necessária porque hoje o único acesso é pela Radial Leste, via quase permanentemente congestionada.
Vizinho ao terreno do futuro estádio do Corinthians há o projeto de um pólo institucional. Entre os equipamentos planejados está uma escola técnica estadual.
Também estão previstos um fórum regional, uma unidade do Senai, centro comercial, prédio de escritórios, auditório, centro de convenções e uma rodoviária. Parte dessa estrutura pode ser utilizada para o Mundial.
O Piritubão, estádio idealizado para abrir a Copa-14, não vai mais existir, mas Pirituba (zona norte de SP) não deve ficar fora do Mundial.
A prefeitura planeja construir a primeira etapa do centro de convenções projetado para a região até 2014 e sediar lá o centro de imprensa e o Congresso da Fifa.
Prefeitura e Estado apostam que os dois eventos estão praticamente garantidos para São Paulo porque a cidade vai ser sede da abertura.
O Piritubão, segundo a Folha apurou, foi considerado economicamente viável pela construtora Odebrecht, que estudou o projeto, mas não seria possível construí-lo a tempo da abertura da Copa.


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