DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS

Após o rebaixamento do Guarani para a Série A-2 do Campeonato Paulista, diretores e conselheiros ligados ao ex-presidente Luiz Roberto Zini articulam a volta do dirigente ao clube.
O desejo de rever o ex-presidente no comando do clube campineiro estaria sendo expressado em um manifesto que deve ser entregue ao presidente do Conselho Deliberativo do Guarani, Samuel Rossilho, nos próximos dias.
Zini dirigiu o Guarani por 11 anos (de 1987 a 1998) e se notabilizou por demitir técnicos -foram 39 durante o período.
Centralizador, o ex-presidente definia desde o cardápio dos atletas até a escalação dos times. Ele deixou o Guarani com uma dívida de R$ 9,7 milhões, segundo a atual diretoria do clube.
O ex-dirigente do Guarani chegou a ser ouvido pela CPI do Narcotráfico, em 1999, suspeito de lavagem de dinheiro. Nada ficou comprovado contra ele.
Os conselheiros favoráveis ao retorno de Zini estariam descontentes com a diretoria por ela não ter demitido o técnico Carlos Alberto Silva durante o campeonato, enquanto o clube ainda tinha chances de classificação.
O mau relacionamento do treinador com os jogadores do Guarani tinha a ciência da diretoria, que preferiu manter Silva no comando do time.
Anteontem, nos vestiários do estádio Brinco de Ouro, além do total clima de desolação de jogadores e comissão técnica, era notória a preocupação e o isolamento da atual diretoria.
"Eu assumo a culpa pelo rebaixamento e admito que errei quando deixei de tomar certas atitudes", disse o presidente José Luiz Lourencetti, bastante abatido.
Lourencetti não quis comentar uma possível volta de Zini.
Já o técnico Carlos Alberto Silva negou a desunião do grupo.
"Eu não acredito no que está acontecendo. Ninguém está sofrendo mais do que eu. Mesmo assim, o Guarani não merecia ficar na Série A-1, já que não ganhou da Portuguesa Santista", afirmou o treinador.
Zini não foi localizado ontem.



Texto Anterior: Santos inicia disputa contra os rivais hoje
Próximo Texto: Histórico do Mogi indica volta rápida
Índice