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VÔLEI
Técnica Isabel pode fechar parceria com a cidade de Campos até sexta-feira
Vasco acaba com time feminino
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Vice-campeã da Superliga 2000-2001, a equipe feminina do Vasco
não deve disputar a próxima temporada. A técnica Isabel Salgado
já está estudando algumas propostas de patrocínio para montar
um novo time e pode fechar uma
parceria com a cidade de Campos
(RJ) até sexta-feira. A equipe não
terá nenhuma ligação com o Vasco da Gama.
"Gostaria que o Vasco pudesse
continuar, mas entendo a situação. Eles foram honestos e deixaram claro a posição do clube",
afirmou Isabel.
Em reunião com a treinadora,
na semana passada, o presidente
do Vasco, Eurico Miranda, disse
que gostaria de manter o time,
mas, na atual situação, seria difícil
continuar o investimento.
O clube carioca, que passa por
uma crise financeira, reclama do
alto custo de manutenção da
equipe com as regras da Superliga, impostas pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
Com o dinheiro que arrecada
com as taxas de inscrição, direitos
de transmissão de TV e venda de
placas de publicidade, a CBV paga
os salários dos organizadores do
torneio, despesas com viagem de
árbitros, delegados dos jogos e
eventos ligados à Superliga. Aos
clubes cabe o pagamento da colocação do piso de taraflex nos ginásios, despesas com arbitragem e
transporte do time visitante.
As regras da Superliga são decididas por comissões formadas
por donos, diretores de marketing e técnicos das equipes.
O vice-presidente de esportes de
quadra do Vasco, Fernando Lima,
disse que a decisão de acabar com
o time de vôlei ainda não foi oficializada, mas confirmou a dificuldade de manter a equipe.
"O Vasco tem vontade de continuar, mas, com o modelo da CBV,
fica impossível. Um clube não
tem condições de sobreviver nesse modelo. Na verdade, temos
duas folhas de pagamentos: uma
dos jogadores e outras das despesas, que são absurdas", disse.
A técnica Isabel lamentou a manutenção das regras da Superliga
para a próxima temporada.
"Pelo que soube, as regras continuarão. A CBV já acertou em
muitas coisas, tem vários méritos,
mas eu acho que esta questão deveria ser repensada. Os clubes, como Vasco, têm uma despesa muito grande, que inviabiliza a manutenção de um time", disse.
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