Entre os centroavantes dos 12 maiores times do país, jogador corintiano é, de longe, o menos produtivo na temporada

Maior artilheiro das Copas marcou apenas cinco vezes no ano; todos os outros grandes têm goleadores com mais de dez gols

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele já foi eleito três vezes o melhor do planeta, é o maior artilheiro das Copas do Mundo e o mais bem remunerado jogador de futebol do Brasil -fatura mais de R$ 1 milhão por mês.
Mas, em 2010, Ronaldo é, disparado, o "pior da turma".
Entre os principais centroavantes dos 12 maiores times do país, o corintiano tem o menor número de gols marcados. E fica bem longe do segundo pior.
Foram 15 partidas oficiais até agora, nove pelo Paulista e seis pela Libertadores. Nelas, Ronaldo balançou as redes só cinco vezes. A média de 0,33 por partida não chega à metade da que registra em sua carreira profissional como um todo. E faz muito feio numa temporada em que não faltam centroavantes com o faro de gol aguçado.
Tão pesado como Ronaldo, Adriano tem 13 gols em 14 jogos oficiais pelo Flamengo neste ano. Veterano como o corintiano, e ainda ficando parte considerável do ano na reserva, o vascaíno Dodô tem a segunda pior média do ano entre os centroavantes dos grandes, mas ainda assim marcou, em média, uma vez a cada dois jogos.
Na mesma Libertadores em que Ronaldo balançou as redes só duas vezes, o cruzeirense Kléber já soma sete tentos.
Um dia depois de uma atuação desastrosa no 0 a 1 para o Flamengo, Ronaldo disse que não há razão para pânico -seu time precisa vencer, para não depender dos pênaltis, por dois gols de diferença para ir às quartas de final da Libertadores, torneio que o clube tem como obsessão no ano de seu centenário. "Foi só o primeiro tempo de um jogo de 180 minutos."


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