DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Há dez anos, Ricardo Teixeira era bombardeado por acusações dos mais diferentes tipos em duas CPIs na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Hoje, é paparicado por políticos de todos os partidos, ganha títulos de cidadão benemérito de várias cidades e sonha, depois da Copa do Mundo de 2014, em novamente repetir os passos do ex-sogro.
A organização do torneio no Brasil seria a cereja no bolo do plano de Teixeira de chegar à presidência da Fifa, onde João Havelange ficou 24 anos.
O atual presidente Joseph Blatter, 74, só deve disputar mais uma reeleição, no próximo ano.
Se vencer, fica até 2015. Bem-sucedido na organização da Copa, Teixeira poderia se lançar a sucedê-lo. Só que nem tudo vem saindo como previsto.
Depois de dizer várias vezes que a Copa no Brasil seria bancada quase toda pela "iniciativa privada", o cartola apoiou a construção de estádio em que o grosso do dinheiro vem de cofres estatais. Seu plano de atrair dinheiro de investidores não deu certo.
O cartola ainda vê, quase três anos depois do Brasil ser anunciado como sede de 2014, nenhuma obra importante sair do papel. E ainda faz uma batalha nos bastidores que parece não acabar nunca sobre qual estádio paulistano receberá o Mundial.0 (MF, PC E SR)


Texto Anterior: Teixeira supera mentor em Copa
Próximo Texto: Com receio, CBF cancela mordomia
Índice