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FUTEBOL NO MUNDO
'Pra frente Brasil'
RODRIGO BUENO
O Brasil, mais uma vez pelo futebol, está exposto ao mundo.
Na semana que passou, o país
revelou suas chances de receber
a Copa de 2006 e, nesta semana,
espera um sinal positivo para
abrigar o primeiro Mundial de
clubes da Fifa no ano que vem.
Quando Barcelona atraía todas as atenções do mundo, sendo palco da decisão da Copa dos
Campeões, Pelé panfletava a inviabilidade da candidatura brasileira ao Mundial de 2006.
Logo em seguida, Ricardo Teixeira, apoiado no aval do presidente Fernando Henrique e do
ministro Rafael Grecca, referendava, em nome da CBF, o projeto brasileiro para a Copa.
Pelé não mente quando diz
que os estádios brasileiros não
estão preparados para uma Copa e que o comitê organizador
do evento jogaria dinheiro fora.
Teixeira também não mente ao
falar em geração de empregos,
aquecimento do turismo e modernização dos estádios.
Ambos estão tão certos quanto
antagônicos. E pensam ao fazer
as suas propagandas mais em
razões políticas e rusgas pessoais do que no próprio país.
Esse está em segundo plano.
E, por isso, o Brasil não tem
garantido ainda o Mundial de
clubes da Fifa, cuja sede será conhecida nesta quarta-feira.
O Uruguai pode levar o torneio para os festejos do centenário de sua federação e para compensar a não-realização de um
segundo Mundialito. A Arábia
Saudita pode ficar com o Mundial como forma de pagar a perda da Copa das Confederações.
E o México, candidato a sede
de todo torneio de futebol, traria público e um representante
adequado para ser anfitrião.
O Brasil, que anseia também
organizar o Mundial de futsal
de 2000, ainda acerta muito
mais dentro que fora de campo.
Que o digam Amoroso, segundo brasileiro a ser artilheiro do
Italiano, Leonardo, primeiro jogador nacional a ser campeão
na Itália desde Cerezo, e Jardel,
"chuteira dourada" da Europa.
O Brasil é o país do futuro?
NOTAS
Brasil-Palmeiras
O Brasil pode ampliar sua supremacia continental em disputas interclubes nesta década
com um triunfo palmeirense na
Libertadores. Seriam 15 importantes títulos (6 Libertadores, 3
Supercopas, 5 Copas Conmebol e 1 Mercosul), quase o dobro do que ganharam os times
argentinos (2 Libertadores, 4
Supercopas e 2 Copas Conmebol). Apesar disso, Galvão Bueno não precisava dizer que "o
Palmeiras é o Brasil na Libertadores" mais de dez vezes na
transmissão de um jogo.
Leonardo-Raí
É triste dizer que a fundação
criada pelos dois jogadores para assistir crianças carentes está
tendo um atraso inesperado
nas obras. A iniciativa privada
(não podemos contar mesmo
com o governo...) deveria oferecer mais apoio à bela iniciativa de dois brasileiros que têm
mercado aberto para trabalhar
a qualquer hora no exterior.
E-mail rbueno@folhasp.com.br
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