das Regionais

Vários clubes de futebol do interior de São Paulo que disputaram a Série A-1 do Estadual este ano não devem participar da terceira divisão do Campeonato Brasileiro no próximo semestre.
Devido ao fraco retorno financeiro do Paulista, as diretorias afirmam não ter condições de manter elencos competitivos para participar da Série C do Nacional.
Com um público pequeno no Paulista, que muitas vezes não atingiu o mínimo de 7.000 pagantes (exigência do regulamento), os clubes alegam que tiveram um balanço sem prejuízos e sem lucros.
"Ficou no zero a zero", disse o presidente do União Barbarense, Roberto Mantovani. O Barbarense vai disputar a Série C do Brasileiro com o time de aspirantes.
Já a Matonense desistiu de disputar a Série C. Após a partida de hoje, contra a Inter, em Limeira, a diretoria do clube de Matão vai desativar o departamento profissional.
"Ficaremos apenas com a equipe de juniores e só voltaremos a trabalhar com o time principal em novembro, para iniciarmos a preparação visando o Paulista de 2000", disse o presidente do clube, Antônio Aparecido Galli.
"A terceira divisão do Nacional é deficitária e no ano passado tivemos um prejuízo de R$ 380 mil", disse Galli.
As equipes "pequenas" tiveram de fazer seus orçamentos com base nas cotas mínimas fornecidas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) para os mandos de jogo, que, inicialmente, seriam de R$ 120 mil.
As cotas, no entanto, sofreram descontos pelo não cumprimento do público mínimo e ficaram em cerca de R$ 80 mil por jogo, de acordo com os clubes.
O Guarani é um dos participantes do Paulista-99 que tem mais dívidas para saldar. Os valores não foram divulgados, mas a venda do passe do atacante Róbson Ponte, por US$ 4 milhões, para o Bayer Leverkusen, da Alemanha, pode equilibrar as contas do clube.
O Mogi Mirim é outro que não lucrou com o Paulista. O time vai negociar seus principais jogadores, como o atacante Alex, artilheiro do Paulista com 12 gols.
(LUCIANO CALAFIORI, PAULO FERRARI VIARTI E KLÉBER WERNECK)


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