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BASQUETE
Após o tri, time volta à realidade
Com facilidade, seleção vence a equipe de Porto Rico e fica com o ouro no Rio
Para o Pré-Olímpico de
Las Vegas, em agosto, os jogadores da NBA voltam, e os vencedores do Pan vão fazer papel de coadjuvantes
EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Invicta, a seleção brasileira
conquistou o ouro e o título de
tricampeã do torneio masculino do Pan. Na decisão, derrotou, sem dificuldades, a equipe
de Porto Rico, por 86 a 65.
Tantos feitos para um time
que vai se desfazer. No Pré-Olímpico, que classifica dois times para Pequim, os astros da
NBA vão voltar, e os campeões
pan-americanos, que jogaram
um torneio esvaziado e de baixo nível técnico, vão se transformar em coadjuvantes.
Com a Arena Multiuso lotada
(capacidade de 15 mil pessoas,
mas a organização não divulgou o público), os torcedores
vibraram com a vitória e a festa
dos jogadores, que teve passos
da "Dança do Siri", sucesso em
programa de TV, e o famoso
"peixinho" (quando, juntos, escorregam de barriga pelo chão),
comemoração que leva a marca
das seleções de vôlei.
"Esse título é bom para aumentar a confiança", disse o pivô João Batista, 25, principal
cestinha do Brasil, com 20 pontos (e sete rebotes). Confiança
numa alusão ao Pré-Olímpico
de Las Vegas, no mês que vem.
Festejado, ele lembrou seu
início no basquete do Sport
Clube Recife e o sacrifício de
largar a família e buscar em São
Paulo o desenvolvimento na
modalidade. Hoje ele defende o
Lietuvos Rytas, da Lituânia.
"Tenho orgulho de dizer que
sou pernambucano", falou.
Murilo, 23, outro pivô, também se referiu ao torneio de
Las Vegas. "Até agora só pensamos no Pan. O foco passa para a
disputa do Pré-Olímpico."
O técnico Lula Ferreira, 56,
repetiu o que já havia dito nas
vitórias anteriores (contra
Ilhas Virgens, 86 a 81; Canadá,
98 a 63; Porto Rico, 97 a 94; e
Uruguai, 85 a 73).
"Os jogadores atuaram coletivamente. Isso ajudou na defesa e no ataque da seleção."
Ontem, o time registrou
aproveitamentos que estão
dentro da proposta da comissão técnica: 45% de dois pontos
(19/42), 53% de três (9/17, acima da meta de 38%); 84% de
lance livre; e 39 rebotes (10
ofensivos e 29 defensivos).
Na final, a seleção sufocou
Porto Rico, que mostrou lentidão. Rápida na transição de jogo, conseguia penetrar na defesa rival. Logo, o técnico Manuel
Citron Vega pediu tempo, com
9 a 0 a favor do Brasil. A seguir,
trocou praticamente todos os
principais jogadores.
Nada deu certo. O Brasil, com
Marcelinho certeiro nos lances
de três pontos, tirava as chances de reação dos rivais. Primeiro quarto: Brasil 32 a 15.
Mesmo desperdiçando bolas
fáceis no ataque, o Brasil avançou sem dificuldades, abrindo
18 pontos (50 a 32) e indo para
o intervalo com 50 a 34.
Na segunda metade, Porto
Rico mudou a marcação e revezou jogadores, mas a ação não
teve o resultado (66 a 50). O
Brasil seguiu liderando o placar
até o final (86 a 65).
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