São Paulo, segunda-feira, 30 de julho de 2007

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BASQUETE

Após o tri, time volta à realidade

Com facilidade, seleção vence a equipe de Porto Rico e fica com o ouro no Rio

Para o Pré-Olímpico de Las Vegas, em agosto, os jogadores da NBA voltam, e os vencedores do Pan vão fazer papel de coadjuvantes

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Invicta, a seleção brasileira conquistou o ouro e o título de tricampeã do torneio masculino do Pan. Na decisão, derrotou, sem dificuldades, a equipe de Porto Rico, por 86 a 65.
Tantos feitos para um time que vai se desfazer. No Pré-Olímpico, que classifica dois times para Pequim, os astros da NBA vão voltar, e os campeões pan-americanos, que jogaram um torneio esvaziado e de baixo nível técnico, vão se transformar em coadjuvantes.
Com a Arena Multiuso lotada (capacidade de 15 mil pessoas, mas a organização não divulgou o público), os torcedores vibraram com a vitória e a festa dos jogadores, que teve passos da "Dança do Siri", sucesso em programa de TV, e o famoso "peixinho" (quando, juntos, escorregam de barriga pelo chão), comemoração que leva a marca das seleções de vôlei.
"Esse título é bom para aumentar a confiança", disse o pivô João Batista, 25, principal cestinha do Brasil, com 20 pontos (e sete rebotes). Confiança numa alusão ao Pré-Olímpico de Las Vegas, no mês que vem.
Festejado, ele lembrou seu início no basquete do Sport Clube Recife e o sacrifício de largar a família e buscar em São Paulo o desenvolvimento na modalidade. Hoje ele defende o Lietuvos Rytas, da Lituânia.
"Tenho orgulho de dizer que sou pernambucano", falou.
Murilo, 23, outro pivô, também se referiu ao torneio de Las Vegas. "Até agora só pensamos no Pan. O foco passa para a disputa do Pré-Olímpico."
O técnico Lula Ferreira, 56, repetiu o que já havia dito nas vitórias anteriores (contra Ilhas Virgens, 86 a 81; Canadá, 98 a 63; Porto Rico, 97 a 94; e Uruguai, 85 a 73).
"Os jogadores atuaram coletivamente. Isso ajudou na defesa e no ataque da seleção."
Ontem, o time registrou aproveitamentos que estão dentro da proposta da comissão técnica: 45% de dois pontos (19/42), 53% de três (9/17, acima da meta de 38%); 84% de lance livre; e 39 rebotes (10 ofensivos e 29 defensivos).
Na final, a seleção sufocou Porto Rico, que mostrou lentidão. Rápida na transição de jogo, conseguia penetrar na defesa rival. Logo, o técnico Manuel Citron Vega pediu tempo, com 9 a 0 a favor do Brasil. A seguir, trocou praticamente todos os principais jogadores.
Nada deu certo. O Brasil, com Marcelinho certeiro nos lances de três pontos, tirava as chances de reação dos rivais. Primeiro quarto: Brasil 32 a 15.
Mesmo desperdiçando bolas fáceis no ataque, o Brasil avançou sem dificuldades, abrindo 18 pontos (50 a 32) e indo para o intervalo com 50 a 34.
Na segunda metade, Porto Rico mudou a marcação e revezou jogadores, mas a ação não teve o resultado (66 a 50). O Brasil seguiu liderando o placar até o final (86 a 65).


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