São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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FOCO

Pan tem bom público, mas problemas de infraesturura

DOS ENVIADOS A GUADALAJARA

Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara foram uma experiência agradável para quem assistiu à competição, mas exigiram paciência e tolerância de quem estava lá para competir e trabalhar.
Foram gastos R$ 580 milhões em investimentos público e privado para obras de infraestrutura urbana e construção de novas arenas.
A maior parte delas simples, mas suficientes para um Pan-Americano. Nada que lembrasse a grandiosidade dos Jogos do Rio-2007, que consumiram R$ 2,8 bilhão.
O presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, que havia dito que Guadalajara não iria superar o Rio antes de o evento começar, declarou ao jornal local "El Informador" que a edição de 2011 é "sem dúvida" a melhor de toda a história.
Disse que Guadalajara teve "probleminhas", mas não permitiu que eles crescessem e se tornassem "problemões".
À parte a tradição protocolar de sempre dar à edição em vigor o título de "a melhor", o Pan de Guadalajara teve sim "problemões".
Na Vila Pan-Americana, por exemplo, muitos tiveram de esperar quase uma hora em pé, em fila, para comer. A comida não agradou a todos, e alguns tiveram intoxicação alimentar no evento.
Faltou água. Competidores do Brasil usavam isotônico para escovar os dentes.
No parque aquático, a piscina de aquecimento era tão gelada que passou a servir para a fisioterapia de atletas.
No pentatlo moderno, a piscina estava fora do padrão, e a pista de corrida não tinha bom piso para competição.
Algumas instalações foram abertas sem ainda estarem prontas, com operários trabalhando enquanto aos atletas faziam seus treinos. Na semana do início do evento, um furacão passou pela cidade, e muitas arenas apresentaram goteiras. O esquema de segurança, item preocupante em um país que enfrenta uma guerra contra o narcotráfico, foi ostensivo no entorno de todas as áreas ligadas ao Pan.
O torcedor, por sua vez, encheu boa parte das arenas, principalmente em competições do México. Até em horário comercial, havia filas por ingressos (que se esgotaram).
As férias escolares ajudaram a levar mais gente para assistir às competições e a tirar carros da rua. Havia linhas de ônibus especiais só com rotas do Pan.
Nos arredores dos ginásios, os torcedores encontravam diferentes opções de comida e atrações de lazer ligadas aos patrocinadores, o que não foi visto no Rio-2007. (MARCEL MERGUIZO E MARIANA LAJOLO)



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