DA REPORTAGEM LOCAL

Logo após o jogo contra o Vasco, na semana passada, Muricy Ramalho prometia "blindagem" para que o São Paulo chegasse ao hexacampeonato. Mas, na véspera de enfrentar o Fluminense, o isolamento falhou.
O último treino da equipe antes de entrar em campo para tentar o primeiro tricampeonato de sua história teve muita tietagem.
Apesar da privacidade que o CT são-paulino poderia proporcionar ao elenco, o treino de ontem foi assistido por muitos "convidados". Entre eles, parentes de jogadores e torcedores comuns.
Pelo menos duas dezenas de são-paulinos, muitos vestindo a camisa do time, viram o recreativo disputado entre os jogadores. Tiraram fotos, ficaram à beira do gramado, pediram autógrafos, freqüentaram o espaço destinado à imprensa e até acompanharam entrevistas.
A presença de torcedores nos treinos aos sábados é uma prática comum. Conselheiros costumam autorizar a entrada de conhecidos.
Muricy Ramalho chegou a pedir que tal prática fosse deixada de lado, pelo menos antes do jogo de hoje.
"Espero que eles não venham. Mas não posso barrar, senão vai parecer que sou dono do clube. Mando no time, mas não no clube", disse o treinador durante a semana.
Os jogadores, no entanto, pareceram não se incomodar com a agitação um dia antes da partida que pode lhes dar o título do Brasileiro.
"Isso é bom. Você sabe que tem o apoio do torcedor e da família", disse o lateral Joílson. "Está todo mundo feliz, pelo momento que vivemos. Depois de tudo o que passamos, o clima está excelente."
"O oba-oba existe só por parte da torcida, o que é normal. Assim como no ano passado, a gente está tranqüilo", afirmou o zagueiro André Dias. "Se a gente não perdeu a concentração no ano passado, não seria agora que isso iria acontecer", completou o jogador, lembrando que o time, em 2007, ficou a maior parte do campeonato na liderança. (PAULO GALDIERI)


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