São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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Futebol também não consegue fechar consenso

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto advogados divergem sobre o caso de Serginho, situação semelhante acontece entre colegas do jogador.
Presidente do Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo, que reúne cerca de 3.000 filiados, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli não acredita em nenhuma mobilização da classe a partir da morte do zagueiro.
"Todo mundo ainda está falando sob o calor da emoção. Quero ver a mobilização quando essa poeira baixar", declarou o dirigente, que sempre cobrou um maior engajamento de jogadores contra, por exemplo, o calendário do futebol.
"O atleta vê que o futebol tem pouca importância no cenário político. Mas se formos falar de entretenimento é um dos mais importantes. Uma mobilização maior melhoraria nossas condições nas negociações. Uma ameaça de greve teria força."
O discurso de Martorelli atinge em cheio, por exemplo, a postura de Magrão, volante do Palmeiras e ex-colega de Serginho no São Caetano. Após a morte do amigo, ele criticou duramente o calendário brasileiro, mas disse que entraria em campo ontem, contra o Grêmio, "por força de contrato".
"Não adianta apenas ficar reclamando, reclamando. É só não entrar em campo e pronto. As coisas mudariam a partir daí", afirmou Martorelli.

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