São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Time de Nelsinho é derrotado em São Paulo e vê mineiros encostarem

Santos perde do Cruzeiro e se afasta da Libertadores

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem torcida e jogando como inquilino no estádio do Palmeiras, o Santos, que tem chances mínimas de ganhar o Brasileiro, desperdiçou ontem também a oportunidade de se aproximar da zona de classificação para a Libertadores.
Foi derrotado por 2 a 1 pelo Cruzeiro, concorrente direto pelas quatro vagas no torneio sul-americano, no Parque Antarctica.
Com o tropeço, o time do técnico Nelsinho Baptista se manteve na sexta posição, com 55 pontos, mas tem os cruzeirenses na sua cola. A equipe mineira, comandada por Paulo César Gusmão, chegou aos 54 pontos e subiu uma posição: é a sétima agora.
A Libertadores tornou-se o único consolo de Santos e Cruzeiro, papões dos últimos Brasileiros (o primeiro venceu em 2002 e 2004; o segundo, em 2003). Mas não está fácil: os santistas não ficam entre os quatro primeiros desde a 25ª rodada. Os rivais, desde a 21ª.
Ontem, pela 35ª rodada, o mando de campo foi do Santos, mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva mandou o time para longe da Vila Belmiro e com portões fechados por conta das invasões de seus torcedores em casa na derrota por 3 a 2 para o Corinthians, em confronto remarcado devido ao escândalo de arbitragem.
O Santos buscava sua terceira vitória seguida na competição -havia batido São Paulo (2 a 1) e Vasco (3 a 1), ambos fora-, mas quem fez a "trinca" foi o Cruzeiro, que vinha de triunfos contra Paysandu (4 a 3) e Coritiba (3 a 0).
Apesar das arquibancadas vazias, os ouvidos do árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon não foram poupados. Moradores dos prédios vizinhos ao estádio e membros da diretoria do Santos faziam coro de "Edilson, Edilson".
Um das vezes em que Simon foi chamado pelo nome do ex-juiz Edilson Pereira de Carvalho, que confessou ter vendido resultados de jogos do Brasileiro, aconteceu após ele dar impedimento de Geílson e anular o gol do atacante santista, aos 5min da etapa inicial.
Sem contar essa finalização, o time litorâneo chutou a gol sete vezes no primeiro tempo, sendo três certas, segundo o Datafolha.
Geílson e o meia Heleno foram os que mais arriscaram na primeira etapa: duas vezes cada um.
Apesar de ter arriscado menos que o Santos no primeiro tempo, foi o Cruzeiro que abriu o placar, aos 20min. O zagueiro Irineu marcou de cabeça, após aproveitar a cobrança de escanteio do lateral Wagner pela esquerda.
Se a estratégia do time mineiro era a de aproveitar os lances de bola parada, a do paulista foi de surpreender no contragolpe. Geílson cruzou da esquerda para Basílio, que empatou o jogo, também de cabeça, aos 24min.
No segundo tempo, Nelsinho ousou e colocou mais dois jogadores ofensivos em campo: Diego, que entrou no lugar do meia Léo Lima, e Cláudio Pitbull, que substituiu o volante Fabinho.
Não funcionou. Pior: foi a mesma tática de contragolpe, que premiara o Santos antes, que deu a vitória ao Cruzeiro. O zagueiro Ávalos perdeu a bola para Diego, que cruzou da esquerda para Alecsandro bater e pôr o time mineiro novamente na frente, aos 13min, fechando o placar.

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