São Paulo, quarta-feira, 31 de outubro de 2007

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Arena da Floresta não emplaca, mas Acre já planeja uma nova investida

DA REPORTAGEM LOCAL

Nenhuma cidade brasileira candidata a receber a Copa parece tão fora da realidade da competição como Rio Branco.
O sonho da capital acreana, que foi abatido já na decolagem pelas críticas da Fifa ao seu transporte, é só mais um capítulo do investimento feito no esporte pelo Estado, administrado pelo PT desde 1999.
Jorra dinheiro dos cofres do Estado para o setor. Só a primeira fase da Arena da Floresta, que seria o palco de Rio Branco no Mundial, já custou R$ 29 milhões. Um novo estádio, em Cruzeiro do Sul, a "Arena do Juruá", deve começar a ser construído nos próximos meses. Sua capacidade deve ficar entre 15 mil e 20 mil pessoas, público impensável para a realidade dos clubes acreanos.
Segundo Cassiano Marques, o secretário de esportes do governo de Binho Marques, emendas de parlamentares e financiamento do BNDES irão bancar a obra, que ainda não tem um custo fechado.
Mas não é só com grandes obras que o Estado do Norte gasta com esporte.
O Acre tem um programa de renúncia fiscal para a área há nove anos. Serão investidos só em 2007 R$ 1 milhão nos projetos aprovados. Outros R$ 2 milhões são investidos anualmente diretamente pelo Estado na organização de eventos, que podem ser estudantis, indígenas e de várias outras áreas.
Mais R$ 800 mil foram repassados à federações e clubes de futebol. "Fazemos primeiro um repasse inicial, depois premiamos os clubes de acordo com seu desempenho", diz o secretário Marques.
O Rio Branco conseguiu isso. Por fazer a melhor campanha de um time do Estado na Série C, chegou à terceira e penúltima fase do torneio, recebeu um bônus de R$ 75 mil durante o campeonato. (PAULO COBOS)


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