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música
eu vivi
Melódico, U2 prometeu e cumpriu
ESPECIAL PARA A FOLHA
Entrei para a Escola de Comunicação e Artes da USP em
1980 e comecei a trabalhar
imediatamente em publicações
especializadas em música, como "Canja" e a revista "Som
Três". Ainda me lembro do impacto causado por "Boy", deste
mesmo ano. A crítica amou.
A capa tinha um prata que
encarecia e valorizava o trabalho. Os nomes eram estranhos,
Bono Vox e The Edge, que porra é essa? Mas o disco era realmente bom. Coeso, melódico,
moderno, parecia realmente
que era uma daquelas bandas
que prometiam.
E cumpriram!
Em 1983 fui para Londres
trabalhar como correspondente. Ia a shows todo santo dia.
Tears for Fears, Culture Club,
Human League, Clímax Blues
Band, Rush, Bowie, 1983 foi um
ano abençoado, a segunda invasão britânica segundo a imprensa americana. E eu peguei
a turnê de "War". Foda.
Essa turnê está registrada no
empolgante DVD "Under a
Blood Red Sky" (que está sendo
lançado aqui só agora). Bono
com aquela viadagem de levantar a bandeira branca, The Edge
se revezando entre a guitarra e
o teclado em "New Year's Day",
Larry sozinho no palco no final
do show em "40", como no final
da turnê Vertigo que vimos no
Morumbi. A galera pogava feliz,
novos melhores amigos se espremendo numa consagração
quase religiosa de música e juventude. Um puta clima. Saí de
lá com programa, camiseta e
tudo que tinha direito. E o U2
tinha conquistado mais um fã.
Anos depois encontrei com
Bono, em St. Tropez, com um
sorvete de casquinha escorrendo por seus dedos de irlandês.
Conversamos um pouco e ele
tirou uma foto nossa.
Gente fina.
(PR)
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