São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2007

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livros

O diário de princesa

Autora da série "O Diário da Princesa" lança livro novo e fala ao Folhateen sobre seu processo de trabalho e inspirações

Filipe Redondo/Folha Imagem
A partir do alto, Anna Park, Gabriela Strauss, Bianca Heredia e Beatriz Linberger com livros de Meg Cabot


LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ela não planejou escrever livros para adolescentes. Pelo contrário, achava que suas obras interessariam mais a adultos que, assim como ela, tivessem um certo fascínio pela juventude.
Mas a mistura de contos de fadas, histórias sobrenaturais e lendas medievais que compõem o enredo de boa parte de seus 49 livros (dos quais 20 foram lançados no Brasil) acabaram fazendo de Meg Cabot a autora preferida de muitas garotas ao redor do mundo.
"Acho que esses temas têm a ver com o fato de eu ter sido criada em uma cidadezinha entediante, onde nada acontecia. Minha família não tinha muito dinheiro, então não havia computadores ou TV a cabo. Para me divertir, eu precisava usar a imaginação e criava histórias sobre coisas extraordinárias", diz a autora, em entrevista por e-mail ao Folhateen.
Entre suas séries de maior sucesso estão "O Diário da Princesa" (leia quadro abaixo) -que ganhou adaptação para o cinema- e "A Mediadora". Ao todo, Meg vendeu 15 milhões de cópias no mundo inteiro e esteve 15 vezes na lista de best-sellers infantis do jornal "New York Times". Brasil, França, Inglaterra e Polônia também já tiveram livros da autora em suas listas de best-sellers.
Agora, ela está lançando seu 20º livro no Brasil, "Avalon High", que conta a história de Elaine Harrison, uma estudante do ensino médio que começa a perceber estranhas coincidências entre episódios de sua vida e a lenda do Rei Arthur.
"Eu sempre detestei a lenda do Rei Arthur porque ela tem um fim tão triste... Sempre quis reescrevê-la com um final melhor. Essa é uma das vantagens de ser escritora", diz.
A idéia para o livro surgiu durante uma temporada de Meg na casa de sua mãe, em Annapolis (Maryland). "Meu marido estava numa fase saudável e me fazia correr com ele num parque. Percebi que vários adolescentes se encontravam num bosque e fiquei imaginando o que eles faziam por lá. A partir disso, criei a história do garoto que é a reencarnação adolescente moderna do Rei Arthur. É isso que eu faço quando estou entediada!", diz.

Rotina
Meg trabalha diariamente das 10 às 17h. "Gosto de escrever na minha cama, mas ultimamente tenho trabalhado na varanda porque o tempo está agradável. E também porque meu médico descobriu que sou alérgica a pelo de gatos, e minha gata não sai de casa."
Para elaborar uma história, ela leva cerca de um ano. Mas, quando senta para escrever, não demora mais do que um mês para concluir a primeira versão do livro. O material segue para o editor e para a revisão, o que geralmente leva mais um mês para conclusão.
Ela garante que, apesar das esquisitices relatadas nas obras, há muito de autobiográfico nas histórias. "Tudo o que não é mágico ou extraordinário realmente aconteceu comigo. Minha mãe, como a de Mia, de "O Diário da Princesa", começou a namorar um professor meu. E eles ainda estão juntos."
E atenção fãs de "O Diário da Princesa"! A série está chegando ao fim. Meg está agora trabalhando no último livro, "Princess Diaries 10 - Forever Princess" (princesa para sempre). Depois, ela começa a trabalhar em novas séries para sua nova editora nos EUA, a Scholastic, a mesma que edita os livros de Harry Potter naquele país.


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