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Prática estimula o cérebro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na hora de encaixar cada peça no seu lugar de direito, entram em cena diversas habilidades. Quanto mais hábil for o
cubista, mais rápido resolverá o
quebra-cabeça.
O processo de montar o cubo
mágico estimula a região pré-frontal do cérebro, em especial
a chamada função executiva,
segundo Geraldo Possendoro,
professor da especialização em
medicina comportamental da
Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo).
É a função executiva que determina as capacidades de abstração (interpretar um provérbio ou entender uma teoria da
física), de planejamento e de
aprendizado por tentativa e erro, entre outras.
"O planejamento é necessário, por exemplo, para o jogador
conseguir planejar os passos
futuros", diz Possendoro.
Quanto mais essas habilidades forem treinadas, explica,
mais conexões serão estabelecidas entre os neurônios.
Além da saber planejar, o cubista precisa ter boa memória
visual. Quanto mais rápido
conseguir interpretar os padrões das cores e escolher os
movimentos necessários para
resolvê-los, melhor.
É por causa da necessidade
de tantas funções mentais que
pessoas com lesões na região
pré-frontal do cérebro podem
ter maiores dificuldades na hora de solucionar o quebra-cabeça. "Pessoas com dificuldade
em se concentrar também",
completa o professor.
"Na hora de testar a função
executiva de um paciente em
uma avaliação neuropsicológica, há quem use a Torre de Hanói", afirma. O jogo, em que é
necessário organizar peças em
pilhas, exige capacidades semelhantes às exigidas pelo cubo
mágico e por tantos outros passatempos, como o xadrez.
(DB)
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