São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Prática estimula o cérebro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na hora de encaixar cada peça no seu lugar de direito, entram em cena diversas habilidades. Quanto mais hábil for o cubista, mais rápido resolverá o quebra-cabeça.
O processo de montar o cubo mágico estimula a região pré-frontal do cérebro, em especial a chamada função executiva, segundo Geraldo Possendoro, professor da especialização em medicina comportamental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
É a função executiva que determina as capacidades de abstração (interpretar um provérbio ou entender uma teoria da física), de planejamento e de aprendizado por tentativa e erro, entre outras.
"O planejamento é necessário, por exemplo, para o jogador conseguir planejar os passos futuros", diz Possendoro.
Quanto mais essas habilidades forem treinadas, explica, mais conexões serão estabelecidas entre os neurônios.
Além da saber planejar, o cubista precisa ter boa memória visual. Quanto mais rápido conseguir interpretar os padrões das cores e escolher os movimentos necessários para resolvê-los, melhor.
É por causa da necessidade de tantas funções mentais que pessoas com lesões na região pré-frontal do cérebro podem ter maiores dificuldades na hora de solucionar o quebra-cabeça. "Pessoas com dificuldade em se concentrar também", completa o professor.
"Na hora de testar a função executiva de um paciente em uma avaliação neuropsicológica, há quem use a Torre de Hanói", afirma. O jogo, em que é necessário organizar peças em pilhas, exige capacidades semelhantes às exigidas pelo cubo mágico e por tantos outros passatempos, como o xadrez. (DB)


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