São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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cinema

Na mira dos cineastas

Ecologia e direitos humanos inspiram filmes que estão em dois festivais em SP

LUANA VILLAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cinema engajado marca sua presença nesta semana em São Paulo com duas mostras gratuitas. De quarta a sexta a Sala Crisantempo abriga o Fica -Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental-, inaugurando seu cineclube. Pela primeira vez na capital paulista, o Fica acontece há dez anos na cidade histórica de Goiás (GO).
"Ele é um dos cinco principais festivais temáticos sobre ambiente do mundo", afirma o consultor de cinema do evento Lisandro Nogueira. "O objetivo é discutir questões ambientais nesse fórum privilegiado que é o cinema e propor soluções."
A programação da versão paulistana apresenta os filmes vencedores da décima edição do Fica, ocorrida em junho deste ano, em Goiás. De diversas partes do mundo, eles abordam questões como o vazamento de petróleo na Nigéria, o trabalho escravo no Pará, o comércio de bens de consumos baratos e os danos ambientais provocados pelas multinacionais na América Latina.
Segundo Nogueira, o critério da comissão julgadora para selecionar os ganhadores foi a união entre temática ambiental e a boa qualidade cinematográfica.
"Não adianta ter boas intenções se a obra não for bem realizada cinematograficamente", diz. "A boa notícia é que as produções estão cada vez melhores. Os documentaristas, principalmente os mais jovens, dedicam-se cada vez mais a questões ambientais, demonstrando maturidade na estética e na finalização."

Direitos humanos
Paralelamente ao Fica entra em cartaz hoje no Cinesesc e na Cinemateca Brasileira a terceira Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.
Celebrando os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o evento apresenta produções audiovisuais contemporâneas com temáticas sociais, oriundas de onze países. Completando a programação, uma retrospectiva histórica destaca obras de cineastas consagrados, como Luis Buñuel e Fernando Meirelles, e um ciclo homenageia o coletivo argentino Cine Ojo.


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