|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Profissional, só depois da formatura
DA REPORTAGEM LOCAL
Para acompanhar os campeonatos, surfistas precisam viajar muito. Mas
como faz quem ainda estuda?
Trocam os calos que a prancha faz nas costelas por outros.
"Chegava de viagem e ficava o
dia todo trancada no quarto, estudando. Como ficava um tempo sem escrever, chegava a fazer calo no dedo", diz a já formada Bruna Schmitz.
Sozinha, ela também fazia as
provas que perdia por causa das
viagens. "Era bem difícil conciliar, mas minha escola apoiou."
Bárbara Müller ainda vive essa rotina. "Já cheguei a ficar um
mês fora. Quando volto, tem pilhas de dever de casa. Mas é importante", diz, conformada.
Rodar o mundo sem completar
o ensino médio, nem pensar.
"Eles precisam ter essa base
para saber se virar sozinhos.
Então, cobramos bastante. A
sacada é: quanto mais rápido
eles se formam, mais cedo podem se dedicar somente à carreira", diz Luiz Campos, treinador de oito menores de 18 anos.
"Ano passado, só disputei
uma etapa do WQS. Agora que
me formei, é só tranquilidade.
Meu irmão é que sofre. De manhã, a gente acorda junto. Ele
vai pra escola e eu vou surfar",
conta Miguel Pupo.
(TA)
Texto Anterior: Esporte: Onda de gente grande Próximo Texto: Sexo & Saúde - Jairo Bouer: Beber, cair, levantar? Índice
|