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SEXO & SAÚDE
Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br
Beber, cair, levantar?
No último fim de semana, passei por uma situação
que muitos de vocês já enfrentaram ou ainda vão
enfrentar na vida: tive que carregar, literalmente,
um amigo que bebeu demais, passou da conta e mal conseguia ficar em pé no meio de uma festa que estava, até
então, divertidíssima. Não fosse pela ajuda de mais duas
pessoas, seria impossível chegar até o táxi, já que estávamos em uma casa no alto de uma montanha.
Se, por um lado, é muito chato ter que ficar controlando o que seus amigos bebem ou deixam de beber, por
outro essa também não é uma função sua. Afinal, cada
um deveria conhecer seus limites e aprender a se controlar. Uma ressalva: esse amigo não bebe com frequência, muito menos dessa maneira. Mas, nesse dia, ele bebeu mal! Assim como bebem mal centenas de milhares
de jovens brasileiros, todos os finais de semana.
E essa história ainda tem alguns agravantes. Para alguns grupos de jovens, o padrão de beber muito ou de
"beber até cair" é quase uma regra. "Pega bem" ser uma
pessoa que exagera, que passa dos limites. Mas por que
esse código passa a ser aceito por parte do grupo? Necessidade de afirmação? Pura diversão? Falta de controle? Falta de informação? São muitas as hipóteses....
Para complicar mais, o álcool (como outras drogas) altera a capacidade da pessoa de avaliar o "tamanho do
buraco" em que está se metendo. Dessa maneira, ela não
acha que está tão bêbada assim, não percebe que está fazendo bobagens, acredita que consegue guiar o carro
sem problemas, entre outras tantas situações clássicas
das festas e de baladas Brasil afora.
Para tentar entender melhor por que o jovem começa
a beber tão cedo, como ele vê a questão do álcool, qual é
o impacto real que a bebida tem em sua vida e, principalmente, por que ele, muitas vezes, bebe mal (com frequência ou de forma exagerada) é que um grupo que eu
coordeno, dentro de um portal de educação, resolveu
investigar essas questões mais a fundo.
Desde o começo do ano, entrevistamos 12 mil alunos
de 13 a 17 anos de quase cem escolas do país e chegamos
a dados muito interessantes. O resultado acaba de ser
publicado na web e você pode checar em www.educacional.com.br/cp/projetos/2009/estejovembrasileiro .
Veja o que acha e mande sua opinião! Valeu!
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