CHOVEU O mês inteiro porque o mundo é injusto (se na sua cidade fez sol, avise; isso significa que você é um ser escolhido por Deus). Mesmo assim, deu para perceber, nos cinco dias em que conseguimos ir à praia, como andam as coisas no verão de 2007. Muitas não mudaram. E outras vimos nas bancas de jornais. Não, essa não é uma coluna otimista de início de ano.
1. As garotas cariocas que praticam prostituição infantil (as que vimos deviam ter uns 13 anos) não sambam mais para atrair os gringos nas praias do Rio de Janeiro. Agora elas dançam funk seminuas para um bando de velhos gringos babões. Descem até o chão.
2. Os homens inventaram um jogo idiota chamado "altinho", que consiste em ficar em um grupo de uns quatro passando a bola de um para outro. Além de ser um jogo inútil (não tem um momento emocionante tipo um gol), o altinho atrapalha a vida de garotas normais na praia (aquelas que têm medo de levar bolada). Agora, somos obrigadas a entrar no mar gritando para escapar das bolas assassinas.
3. Na hora em que os homens estão jogando o tal do altinho, pode passar a melhor mulher do mundo do lado deles que, é claro, eles não vão perceber. Como já descobriu há tempos uma amiga nossa, homem gosta de homem, mulher gosta de miniblusa.
4. E falando em homem que gosta de homem... Clonaram os gays que freqüentam a praia de Ipanema. No famoso ponto gay da praia, eles parecem todos a mesma pessoa, apesar de terem vindo de lugares diferentes do mundo. Eles têm o mesmo corpo (forte), o mesmo corte de cabelo (muito curto) e usam o mesmo tipo de sunga (branca, vermelha, meio grande). Uma de nós concluiu que ser gay deve ser muito pior que ser mulher. A obsessão estética entre eles e a cobrança conseguem superar as que a gente sofre. O amigo não concordou. Em todo caso, as únicas pessoas a quem continua sendo permitido o luxo de ter uma barriga de chope são os homens heterossexuais que a gente namora.
5. Será que só a gente não rima amor com estética?

Momento de histeria
Todos os anos os oceanos abrem suas águas

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