ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A semana passada teve muitas notícias sobre games. A gente já se acostumou a ouvir falar da estupidez, da perda de tempo e da inutilidade da máquina do demônio. Acontece que, nos últimos dias, pelo menos duas notícias encheram de orgulho os jogadores do planeta.
A primeira falava da conclusão de uma pesquisa da Universidade Rochester, em Nova York. "Os jogos de ação aumentam a capacidade de monitorar informações visuais complexas". Impressionante!
A segunda notícia vem da Justiça norte-americana, que negou uma decisão de um juiz sob a alegação de que os jogos não podem ser censurados, pois são defendidos pela Primeira Emenda da Constituição. Mais: ainda compararam os games amigos às pinturas de Jackson Pollock, à música de Schoenberg e aos versos de Lewis Carroll. A cada dia, aumenta o álibi para o jogador compulsivo.
No mundo game de negócios, a Sony promete que o PSP, seu Playstation portátil, será uma estação multimídia. Pode-se jogar, ouvir música e assistir a cerca de quatro horas de vídeo em alta definição. E ainda ameaça chutar a porta, anunciando o PSX, um Playstation 2 turbinado, com HD de 120 GB, adaptador de rede embutido e gravador de DVD.
Para terminar a Fox está fechando um acordo com a Electronic Arts para criar novos projetos em cima da série "The Sims". Pode ser que façam novos jogos, um programa de TV e/ou um longa-metragem. O fato é que a cada dia fica mais evidente que game é um ótimo negócio. Principalmente para quem joga.