São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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INTERNACIONAL

À cubana

As propostas de igualdade e os limites da ilha que é muito mais que um país

DIEGO MENEGHETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE HAVANA

O que leva uma ilha do Caribe a dar muito mais o que falar do que países ricos e bem maiores, como o Canadá?
Bem, Cuba não é simplesmente um pequeno país, mas um símbolo vivo da ideologia socialista, com evidências de suas vantagens e desvantagens.
Quem acompanha o noticiário internacional vai se lembrar que neste ano o país comemorou o cinquentenário da revolução que o transformou no que é hoje, ao mesmo tempo em que problemas de abastecimento ganhavam projeção.

Toca, Raúl
Para entender o que está mudando por lá, vale rever como o país chegou até aqui.
Cuba foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1492 e, por quase 400 anos, foi colônia da Espanha.
Isso até 1898, quando os EUA invadiram a ilha e iniciaram um governo militar. A república foi proclamada em 1902, mas uma emenda na Constituição permitia palpites dos americanos.
Foi assim até 1959, quando um exército rebelde, liderado pelo cubano Fidel Castro, e com participação do argentino Che Guevara, tomou o poder. Dois anos depois, Cuba se tornou socialista e se aliou à antiga União Soviética.
Em resposta, há 50 anos os EUA não compram produtos cubanos e restringem viagens e envio de dinheiro para a ilha. Em abril, a gestão de Barack Obama afrouxou regras para viagens e depósitos, apesar de manter o embargo.
Ah, e os EUA ainda controlam um pedaço da ilha, a baía de Guantánamo, onde George W. Bush construiu uma prisão para suspeitos de terrorismo.
Em 2008, Fidel renunciou e a Assembleia Nacional elegeu seu irmão Raúl Castro para presidir o país.


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