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O2 NEURÔNIO
As mulheres e o tamanho do peito
JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
Nos anos 60, as mulheres tinham que ter peitões. As que não tinham, muito criativamente, usavam sutiã com enchimento.
Não sabemos exatamente o que acontecia
na hora em que os homens descobriam
que aquela fartura não era verdade. Provavelmente o
mesmo que fazem quando percebem que um peito é de
silicone, ou seja, nada. Ainda bem! Só faltavam eles dizerem: "Não é de verdade, então não quero".
Com a revolução sexual dos anos 70, os sutiãs saíram
de moda e foram, inclusive, queimados em praça pública. As mulheres provavelmente adotaram a moda dos
peitos caídos, já que deixaram o suporte de lado. O que é
ótimo. Mas, como tudo o que é bom, não pegou. E tivemos que nos adaptar a um novo padrão.
Sorte das moças que tinham peito pequeno nos anos
80, onde o bonito era não ter nada, ser quase reta, uma
coisa meio andrógina. Lembramo-nos de algumas amigas que tinham muito peito e fizeram cirurgia de redução, para ficar com peitos pequenos. Hoje, as coitadas
devem ter colocado silicone. Lá pelo final dos anos 90,
começou essa coisa de silicone, mas, assim, bem de leve.
As mulheres estavam preocupadas com outras coisas,
como se equilibrar em plataformas gigantes.
E eis que chegamos aos anos 2000. Agora, o quente é
ter peitões. Sutiã 44, no mínimo. Quer dizer, 200 ml. Sim,
porque na época do silicone descontrol o tamanho do
peito se mede por mililitro. Você bota uma prótese de
180 ml, dois anos depois troca por uma mais moderna de
200 ml. Dependendo do gosto do namorado pode aumentar mais um pouco. Ouvimos histórias terríveis de
mulheres que, inclusive, tiveram que trocar o silicone
porque ele estourou. E o assunto dá manchete de revista.
Socorro! Não! Achamos que devemos seguir a moda
com o nosso próprio corpo.
E qual será a moda da próxima década? Peitões? Peitinhos? Sutiãs que aumentam dependendo do seu humor?
Tomara que não existam mais tendências nacionais do
tamanho do peito. Porque, se para ser fashion você precisa passar por uma cirurgia, bem, preferimos ser cafonas. Porque, com certeza, não achamos que moda seja
uma questão de corpo. E tem outra. Se você tem peitinho, peito médio ou peitão, a gente recomenda uma
coisa: relaxe. Precisamos ter peito para encarar a
vida. Mas aí é aquele peito metafórico que os
homens (alguns) também têm.
PS.: E agora tem gente fazendo prótese de bunda também, ou glúteos, como
preferem chamar!
Tem limite.
Momentos de histeria
Ter peito não depende do tamanho do peito
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