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artes plásticas
Nesta semana ou em 2008
Começa a reta final para visitar a Bienal Internacional de São Paulo, que fica no parque Ibirapuera até o dia 17
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Bienal Internacional de São Paulo, no
parque Ibirapuera,
termina no próximo
domingo. Se você
deixou para visitar a megaexposição de arte na reta final, o
Folhateen vai recomendar o
que é imperdível nesse que é o
principal evento de artes plásticas do Brasil. Três dos monitores da Bienal, Paola de Marco, 21, Débora Querido, 23, e
Júlio Meiron, 24, que estão lá
desde o dia 7 de outubro, dão
uma força. Eles já avisam logo
de cara: sexo e violência são os
assuntos que mais chamam a
atenção do público jovem.
Júlio, artista plástico, exemplifica: "Sexo é assunto que
aparece em obras como o lote
da Daspu, com roupas feitas
por prostitutas; ou em "Studio
Butterfly", de Virgínia Medeiros, instalação com depoimento de travestis", explica.
Já a violência é assunto da
instalação de Thomas Hirschborn, precedido por cartaz com
a frase: "Esta obra contém fotos de mutilação humana".
"São obras legais para introduzir a visitação, pois mesmo
quem chega com resistências à
Bienal acaba se abrindo depois
de passar por elas", diz Paola,
estudante de artes visuais.
A monitora Débora, estudante de história, destaca a intensidade com que as pessoas reagem às certas obras, como o
trabalho de Virgínia Medeiros,
que mostra nu frontal de travestis. "Alguns visitantes abandonaram a explicação. Mas,
quando viram que a discussão
foi para frente, voltaram."
Neste ano, o tema da Bienal é
"Como Viver Junto". O norte
dado por ele, no entanto, não é
percebido por meio de peças
que tratam de sexo e violência.
Política por excelência, essa
Bienal ainda traz trabalhos sobre problemas sociais, conflitos políticos, racismo e outros
temas que merecem reflexão.
Interpretar obras, portanto,
pode ser uma chance de exercitar o pensamento crítico, como
fez Paulo Porto, 16, ao analisar
a obra "Not Impressed by Civilization", da mexicana Minerva
Cuevas, na qual um Ronald
McDonald junkie anda pelas
ruas de Istambul. "Tem coisa
que todo mundo sabe, mas ninguém tem coragem de falar assim abertamente", diz.
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