São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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O2 NEURÔNIO

Chatos não pegam ninguém

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO


A gente sempre desconfiou que as pessoas com os melhores xavecos tinham mais pretês. E, conseqüentemente, davam mais beijos na boca. Aqueles que conseguem discorrer tanto sobre o clima quanto sobre as bandas que tocaram no último festival -com certeza!- levam vantagem. Se eles tiverem uma profissão criativa -tipo músico ou artista plástico-, sai debaixo! E, toda vez que terminamos um relacionamento, juramos de pés juntos que nosso próximo namorado vai ser um otorrinolaringologista. Quando percebemos, já caímos no papo de algum sujinho falando sandices sem eira nem beira.
Pois não é que a gente tinha razão?! A estranha fascinação que essas pessoas tão criativas exercem sobre a nossa libido foi provada cientificamente. Uma pesquisa feita no Reino Unido mostrou que os tais criativos (artistas e poetas) tiveram em média de 4 a 10 parceiros sexuais depois que fizeram 18 anos. E o resto da população, "the boring people" (isto é, as pessoas entediantes ou chatas, ou normais), tiveram apenas três.
Ficamos chocadas com duas coisas. Em primeiro lugar, como uma boa lábia pode interferir na sua vida sexual. E, em segundo, as pessoas dessa pesquisa ou transavam muito pouco ou mentiram! Três parceiros durante uma vida?! Se isso é verdade, talvez nós devêssemos ter bem mais pretês. Pois achamos que somos bem criativas. Ou será que somos umas chatas!?
Imediatamente nos lembramos do filme "Quem Somos Nós?". Vejam se ainda estiver rolando nos cinemas. O documentário -com trechos de ficção- fala de física quântica e de como funciona o ser humano. Revela as ações da química em nosso corpo, como as nossas células se alimentam das nossas emoções e o que acontece dentro no nosso cérebro quando, por exemplo, estamos dentro de uma festa de casamento bizarra. No filme, uma super "boring person" que usa calça "santropeito" e foi largada pelo marido começa a reprogramar seu cérebro para se achar maneira e conseguir pegar alguém.
Quando ela reprograma os seus pensamentos desenhando corações de canetinha no seu corpo, até o seu cabelo fica bom! E o mais assustador: eles provam o porquê disso cientificamente. Ou seja... há esperança. Até para os chatos!

Momentos de histeria
"Fala (sandices) que eu te escuto!"


@ - 02neuronio@uol.com.br

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