São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2006

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O2 neurônio

Jô Hallack
Nina Lemos
Raq Affonso

Mensagem de texto e problemas

Quando os serviços de SMS surgiram e descobrimos que poderíamos, em vez de ligar para pessoas (no caso, pretês) e passar por aquele nervosismo todo, simplesmente mandar um recadinho escrito, achamos que a humanidade estava salva. Comemoramos a nova forma de comunicação com entusiasmo. Achamos que aquilo era tipo a criação do iPod (que exatamente por ser completamente anti-social é, sim, quase tão importante quanto a invenção da roda).
Mas logo vimos que as mensagens de texto eram uma roubada! E comprovamos empiricamente, como sempre, para nosso azar. Se mandamos uma mensagem, sempre somos invadidas pelas seguintes dúvidas (quando ele não responde).
Será que ele não respondeu porque:
1 - Não sabe abrir mensagens de texto?
2 - Não tinha crédito no celular para abrir as tais mensagens?
3 - Ele perdeu o celular?
Sim, muitas vezes temos pretês "low tech" (aqueles do rock, que se recusam a entender qualquer tecnologia). Também temos pretês meio duros. E outros meio lesados, quer dizer, muito lesados, daquela espécie que perde um celular por noite. Alguns, inclusive, não sabem mandar mensagem de texto, mas, se soubessem, não teriam crédito, o que não faria diferença, pois o celular deles estaria sumido numa mesa de bar!
Então, a mensagem vira um enigma. Nunca sabemos se o cara não respondeu simplesmente porque NÃO ESTAVA AFIM DA GENTE. Logo percebemos também que as mensagens não servem para ofensas. Qual é a graça de brigar com uma pessoa, escolher aquela ofensa bem inteligente e não ouvir de volta alguma coisa? Nada é pior do que brigar sozinha!
Somos do tempo do bip, um aparelho que era o máximo da modernidade. Além de ser enorme, você tinha que ligar para uma telefonista, que digitava a mensagem. Mas o bip tinha uma vantagem: dava para passar trote! Sim, não existia bina, lembram? Era maravilhoso mandar mensagens anônimas.
Se um dia você recebeu uma mensagem de bip onde estava escrito "chegue correndo na janela" ou "discretamente, olhe para trás", saiba que fomos nós que mandamos! Éramos viciadas nesse trote.
Agora, se mensagem de texto de celular não serve para paquerar, brigar ou passar trote, serve para quê??? Para as nossas mães nos mandarem recados. Sim, elas estão viciadas em SMS. Se o caso for paquera, meninas, de novo, não tenham medo, disque, telefone. E não bata na cara do pobre coitado.

momentos de histeria

Discretamente, olhe para trás

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