São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 2006

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Cinema

A volta do monstro

Há vinte anos sem filmar, o cineasta José Mojica Marins encerra a trilogia de Zé do Caixão iniciada em 1964

DA REDAÇÃO

Desde terça-feira passada, não é mais seguro andar pelas ruas da cidade à meia-noite. Homens e mulheres, tratem de ir para a cama logo cedo. Mocinhas virgens devem permanecer trancadas em casa. Ele está novamente à solta. Após 40 anos confinado -desde 1967-, libertaram o Zé do Caixão!
Desde terça, José Mojica Marins está filmando "Encarnação do Demônio", a última parte da trilogia do Zé do Caixão.
E o primeiro dia de filmagem, realizado na antiga cadeia do Hipódromo, no Bresser, contou com uma cena desde já histórica: Zé do Caixão saindo da cadeia e ganhando as ruas.
"Rejuvenesci 40 anos", conta Mojica, 70. "Pulei pra lá, pulei pra cá, por todo o set. Meu cinema é esse", conta, eufórico.
Não é para menos. Ao gritar "ação", Mojica derrubou uma praga que o manteve afastado das câmeras desde 1986. Para tanto, ele contou com a ajuda dos produtores Paulo Sacramento ("Amarelo Manga") e Dennison Ramalho, que passaram cinco anos reescrevendo o roteiro e buscando dinheiro pelas leis de incentivo.
Para a realização do longa, entrou em ação a Gullane Filmes ("O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias"). E, é claro, a participação de atores amigos do Zé do Caixão, como Zé Celso e sua trupe, Luís Melo e Jece Valadão, entre outros.
Acompanhe o diário das filmagens no site do cineasta: www.uol.com.br/zedocaixao/noticias/introducao_diario.htm. (IVAN FINOTTI)


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