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Especialistas comentam prós e contras
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a professora da
Faculdade de Educação
da USP Maria Isabel de
Almeida, a opção por esperar um ano antes de entrar na faculdade pode
ser vantajosa para o estudante, principalmente
para aquele que ainda não
tem clareza da carreira
que pretende seguir.
"Mas é fundamental que o
jovem tenha um objetivo,
saiba o que pretende fazer nesse período. Pode
ser uma viagem, um curso, um estágio, qualquer
atividade que acrescente
algo à sua formação",
afirma.
Já Angela Soligo, professora da Faculdade de
Educação da Unicamp
alerta para o risco de esse
tempo se estender demais
na vida do jovem. "Existe
a possibilidade de ele perder o pique ou simplesmente perder o interesse
na faculdade. Isso pode
ser um problema, considerando que, no Brasil, a
universidade tem um valor no mercado de trabalho; é uma necessidade.
Para seguir uma carreira,
é importante ter curso superior. Os empregos que
não exigem curso universitário são pior remunerados. Abrir mão da faculdade traria prejuízo para
a carreira."
Mas ambas concordam
que o excesso de pressão
nessa fase da vida é prejudicial para os jovens.
"Aos 17 anos, é difícil fazer essa opção, que define o que você vai fazer
durante a maior parte da
sua vida. Existe uma
pressão forte da família,
da sociedade, das escolas,
para que os jovens não
"percam tempo" e entrem
logo na universidade.
Mas essa é uma decisão
que tem de ser tomada
com maturidade", diz
Maria Isabel.
"De fato, essa escolha é
muito prematura. Alguns
acertam e outros, não.
Um dos fatores de evasão
na universidade é esse: o
jovem descobre que está
fazendo um curso de que
não gosta", completa Angela.
(LC)
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