São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 2006

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Especialistas comentam prós e contras

DA REPORTAGEM LOCAL

Para a professora da Faculdade de Educação da USP Maria Isabel de Almeida, a opção por esperar um ano antes de entrar na faculdade pode ser vantajosa para o estudante, principalmente para aquele que ainda não tem clareza da carreira que pretende seguir. "Mas é fundamental que o jovem tenha um objetivo, saiba o que pretende fazer nesse período. Pode ser uma viagem, um curso, um estágio, qualquer atividade que acrescente algo à sua formação", afirma.
Já Angela Soligo, professora da Faculdade de Educação da Unicamp alerta para o risco de esse tempo se estender demais na vida do jovem. "Existe a possibilidade de ele perder o pique ou simplesmente perder o interesse na faculdade. Isso pode ser um problema, considerando que, no Brasil, a universidade tem um valor no mercado de trabalho; é uma necessidade. Para seguir uma carreira, é importante ter curso superior. Os empregos que não exigem curso universitário são pior remunerados. Abrir mão da faculdade traria prejuízo para a carreira."
Mas ambas concordam que o excesso de pressão nessa fase da vida é prejudicial para os jovens. "Aos 17 anos, é difícil fazer essa opção, que define o que você vai fazer durante a maior parte da sua vida. Existe uma pressão forte da família, da sociedade, das escolas, para que os jovens não "percam tempo" e entrem logo na universidade. Mas essa é uma decisão que tem de ser tomada com maturidade", diz Maria Isabel.
"De fato, essa escolha é muito prematura. Alguns acertam e outros, não. Um dos fatores de evasão na universidade é esse: o jovem descobre que está fazendo um curso de que não gosta", completa Angela. (LC)


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