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Jogo
Sorte no tabuleiro
No bar Ludus Luderia, pessoas de diversas idades jogam os clássicos "War" e " Banco Imobiliário", entre outras novidades
Alan de Faria
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se nas lan houses, os jogadores colocam o fone de ouvido e se isolam do mundo real
enquanto bolam estratégias para os personagens
dos games virtuais, aficionados
por jogos de tabuleiro encontraram uma boa opção de reunir amigos e colocar o papo em
dia no bar/café Ludus Luderia.
A idéia de criar um espaço no
qual fosse possível juntar saudosistas de "War" e "Jogo da
Vida" ou apenas colegas de trabalho e empresa para tomar
cerveja e conversar ao mesmo
tempo em que ganham muito
dinheiro no "Banco Imobiliário" surgiu em agosto do ano
passado. Localizado no bairro
Bela Vista (SP), o Ludus Luderia oferece cerca de 300 jogos
de tabuleiro.
"Além dos clássicos, procuramos mostrar também novidades importadas", revela Fábio
Tola, um dos sócios do local e
também um fã dos jogos de tabuleiro.
Atrás de jogos que nem sabem que existem, os estudantes
de design de games Luiz Alexandre do Amaral, 21, e Gabriel
Andreotti Penteado, 20, vão toda semana ao Ludus. "Nossa
objetivo é sempre pegar um jogo diferente", conta Luiz, que
costuma ficar no Ludus até o
horário do fechamento.
Na última vez em que estiveram por lá, eles levaram uma
amiga, a estudante Tânia Vilela
Pietrobom, 17. "Não imagina
que haveria tantos jogos de tabuleiro", disse a garota, enquanto escolhia mais uma das
várias opções de jogos.
Happy hour
Muitos dos freqüentadores
vão ao Ludus com o objetivo de
reunir os amigos. Assim, enquanto disputam territórios
em jogos como o alemão "Antike" (veja quadro) ou tentam
desvendar o mistério de "Detetive", eles bebem refrigerante,
cerveja ou algum drinque, comem alguma coisa e conversam
sobre as férias, o dia-a-dia do
trabalho ou as provas da faculdade.
Na última quinta-feira, dia
10, Pietra Perez Buchain, 21,
Isabel Battistelli Reiss, 22, e Juliana Briquesi Lacava, 23, reservaram várias mesas no bar
para o happy hour com os colegas da empresa em que trabalham.
"Eu sempre gostei de "Banco
Imobiliário" e "War'", confessou
Pietra, enquanto preparava para iniciar o jogo "Cara a Cara".
Para Juliana, era uma boa
oportunidade de brincar com
jogos que ela até pode ter, mas
estão esquecidos em seu armário.
Segundo Lucy Raposo, outra
sócia do estabelecimento, o público do Ludus é bastante variado. "Vem desde garotada até senhores de mais idade", diz. Raposo conta que, certa vez, uma
mãe, que havia deixado a filha
no local, voltou ao bar com o
marido e uma amiga algumas
horas depois para jogar também.
Troca de idéias
Para a estudante de geologia
Maria Carolina Catunda, 21, o
melhor dos jogos do tabuleiro é
o fato de permitir que ela, enquanto joga, converse com os
amigos. Junto com o amigo
Luis Felipe Lauletta, 20, ela bebia cerveja e ficava atenta aos
desdobramentos de "Lost Cities", um jogo que nunca tinha
visto na vida.
"A maioria das pessoas que
vêm aqui, a princípio, procuram os clássicos "Banco Imobiliário", "Imagem e Ação" ou "Pula Pirata", mas também apresentamos novos jogos a eles para que possam conhecê-los",
conta Raposo. Para fazer com
que os participantes se lancem
à sorte em novos jogos, o Ludus
conta com uma monitora, cuja
função é mostrar as regras desses brinquedos até então desconhecidos.
No Ludus, há apenas uma
restrição. Segundo Raposo, foi
proposta a instalação de computadores para oferecerem games virtuais, mas essa escolha
foi vetada. O motivo? "Eles não
oferecem a interação dos jogos
de tabuleiro", finaliza.
Em clássicos da brinquedoteca ou nas novidades dos jogos
importados, no Ludus, definitivamente, a sorte está lançada.
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