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Ex-críticos do gênero agora o revisitam em festas e na web
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ele sempre esteve entre os
gêneros mais executados
pelas rádios e na programação de casas de show.
Mas, agora, o pagode dá pistas de que vai pegar outra onda:
a do "revival", a mesma que
trouxe à baila bizarrices e modismos dos anos 80 em festas,
em almanaques e afins.
"Quem curtia um pagodão
nos anos 90 podia ter vergonha
disso, mas agora está mais velho, já não liga mais. O pagode
tem potencial para virar modinha como as festas "trash'", sentencia Túlio Pires Bragança,
autor das "Pagode Versions",
que já foram vistas mais de 150
mil vezes no YouTube.
Nos vídeos, Túlio faz versões
em inglês dos maiores hits "noventistas" do estilo.
Pegando carona no "hype"
pagodeiro, já existem sites,
podcasts, festas e mobilizações
no Twitter para pagar tributo
ao gênero que moldou a infância de uma geração.
No Rio, três amigos criaram a
No Rock, Yes Pagode, festa que
dá os primeiros passos na Casa
da Matriz, reduto de eventos
mais versados em indie rock.
"Todo o mundo da nossa idade tem um pezinho no pagode.
O sertanejo só não volta porque
não é dançante", arrisca a jornalista Bruna Senos, 24, uma
das idealizadoras.
Parceiro de Bruna na festa, o
comediante Ronald Rios, 21,
acha muita graça dessa "abordagem irônica" do pagode. "A
verdade é que a turma entra na
piada e acaba se emocionando
quando entoa os hinos de Exaltasamba e de Soweto."
(BL)
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