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Clinton diz que HIV vai matar mais que guerra nuclear
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BARCELONA
Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, fez
o maior sucesso com os jovens depois
da gravação do especial da MTV em Barcelona na última quinta-feira. Desligadas
as câmeras, o ex-presidente sentou-se no
chão, levantou as barras da calça e, lado a
lado com 40 jovens, respondeu por quase uma hora a perguntas espinhosas.
Escorregou em alguns momentos durante a gravação -por exemplo, ao falar
da demora para o socorro financeiro aos
países africanos e ao perguntar à audiência quem ali era soropositivo (para depois dar um demorado abraço nas duas
garotas que se identificaram)- mas foi
uma unanimidade no bate-papo.
Clinton insistiu na importância da prevenção e disse que as infecções em jovens
podem ser reduzidas em até dois terços
se programas forem implantados nos
países em que a situação é mais crítica.
Ele disse que, se não houver uma guerra
com armas atômicas, nada vai matar
tanta gente no mundo quanto a Aids.
Clinton elogiou o programa brasileiro
de DST/Aids e disse que o país adotou
um trabalho de prevenção e distribuição
de medicamentos que deveria ser modelo mundial.
Ele criticou a posição da igreja, que só
fala de abstinência e de fidelidade, deixando de lado a importância da camisinha. Para ele, é preciso dizer que usar camisinha faz diferença e reduz os riscos da
transmissão da Aids.
(JB)
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