São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 2002

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Clinton diz que HIV vai matar mais que guerra nuclear

ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BARCELONA

Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, fez o maior sucesso com os jovens depois da gravação do especial da MTV em Barcelona na última quinta-feira. Desligadas as câmeras, o ex-presidente sentou-se no chão, levantou as barras da calça e, lado a lado com 40 jovens, respondeu por quase uma hora a perguntas espinhosas.
Escorregou em alguns momentos durante a gravação -por exemplo, ao falar da demora para o socorro financeiro aos países africanos e ao perguntar à audiência quem ali era soropositivo (para depois dar um demorado abraço nas duas garotas que se identificaram)- mas foi uma unanimidade no bate-papo.
Clinton insistiu na importância da prevenção e disse que as infecções em jovens podem ser reduzidas em até dois terços se programas forem implantados nos países em que a situação é mais crítica. Ele disse que, se não houver uma guerra com armas atômicas, nada vai matar tanta gente no mundo quanto a Aids.
Clinton elogiou o programa brasileiro de DST/Aids e disse que o país adotou um trabalho de prevenção e distribuição de medicamentos que deveria ser modelo mundial.
Ele criticou a posição da igreja, que só fala de abstinência e de fidelidade, deixando de lado a importância da camisinha. Para ele, é preciso dizer que usar camisinha faz diferença e reduz os riscos da transmissão da Aids. (JB)


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