SE VOCÊ ESTIVER lendo esta coluna, levante as mãos para o céu e agradeça. Não porque nossa coluna seja incrível e mereçamos o Prêmio Jabuti, mas porque sobrevivemos a mais uma experiência científica cujo objetivo é brincar de Deus. É isso aí. Conhecemos muita gente que se acha dono do mundo, mas ninguém se acha mais Deus do que os físicos que colocaram para funcionar o maior acelerador de partículas do mundo. O objetivo é desvendar o mistério da criação do Universo. Mistério é algo mágico, enigmático, incapaz de ser desvendado.
Por exemplo: o que as mulheres falam no banheiro. Isso é um mistério. Se alguma mulher já contou o que tanto a gente fala, sinto avisar: estava mentindo. E os mistérios da vida existem, basicamente, para serem misteriosos.
Ou seja, é para a imaginação imaginar sem que, no entanto, tenhamos garantia de que aquilo realmente tenha algum fundo de verdade. A vida é boa com mistérios!
Aliás, nem entendemos direito o que o acelerador vai fazer. A quantidade de palavras que não entendemos quando vamos ler sobre o experimento acaba contribuindo.
Até um rap os cientistas fizeram para tentar mostrar para a humanidade o que é a "maior máquina do mundo". As descobertas realizadas pelos cientistas no tal acelerador de partículas devem trazer benefícios para a humanidade, embora a gente não saiba quais.
Mas parece que o tal acelerador também pode criar mini-buracos negros. E o que vai acontecer: todas as meias que perdemos durante a vida surgirão de lá, junto com as pessoas que desapareceram no Triângulo das Bermudas. Em seguida o mundo será tragado para o buraco negro.
Alguns cientistas dizem que o experimento é perigoso. Outros, que será uma revolução da ciência. Cá para nós, não que o mundo seja grande coisa. Mas acabar com ele só por causa de um punhado de meias... sei não.

Momento de histeria

Agora vamos descobrir onde as meias vão parar!


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