Vida real de Britney é bem mais louca do que ela canta em "Circus", seu novo CD

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

A vida de Madonna é certamente bem mais chata e monótona do que ela canta em suas letras.
Já a de sua sucessora no trono de rainha do pop, Britney Spears, é anos-luz mais louca do que ela descreve nas faixas de "Circus", seu novo álbum de inéditas que chega após mais uma fase de recuperação da jovem inconseqüente.
Perto do descontrole de Britney, Amy Winehouse é o dalai-lama. A popstar americana passou por clínicas de reabilitação, circulou sem calcinha, ficou careca, saiu pelada em público, se mostrou uma mãe negligente e perdeu a guarda de seus dois filhos... enfim, todo o tipo de baixaria possível, tudo bem em frente às câmeras dos "paparazzi" (que foram "homenageados" por Britney em "Kill the Lights", de seu novo CD).
Sendo assim "Circus" é muito menos do que Britney poderia oferecer agora, momento em que se diz arrependida de suas escolhas, e pouco do que aconteceu nos últimos anos aparece nas letras -quando surge o assunto, vem de modo comedido, como é o caso da música que dá nome ao disco.
Sonoramente, "Circus" segue a linha de seu antecessor, o dançante e antenado "Blackout", sucesso de público e -pasmem- de crítica, lançado em pleno momento de maior insanidade de Britney.
Há até quem diga que o novo disco foi lançado apenas para que a cantora pudesse voltar a dar entrevistas de promoção do CD e sair finalmente em turnê, o que deve acontecer em breve.
"Circus" surge na carreira de Britney como uma espécie de lado b de "Blackout" e deve seguir na sua esteira de sucesso. Juntos, os discos, por incrível que pareça, formam a fase mais interessante de Britney. Para ela, a loucura ainda é positiva.